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- Temos um PR adorado pelos seus abraços e beijinhos;
- Temos um acórdão do Tribunal da Relação do Porto que cita a Bíblia para desculpar a violência doméstica exercida sobre uma mulher adúltera.
Proponho o seguinte exercício:
- Imaginar que o PR era uma mulher que investia em abraços e beijinhos aos populares;
- Imaginar que o acórdão desculpava a violência doméstica exercida sobre um homem adúltero.
Que resultado obteríamos deste exercício?
- Calculo que surgiria a teoria de que a PR seria uma promíscua, carente de afectos, ou que se estaria a "atirar" a todo homem que lhe aparecesse à frente...
- Calculo que o homem agredido seria achincalhado por permitir sofrer violência doméstica por parte de uma mulher e que, em simultâneo, seria perdoado do adultério, tanto por ter uma mulher violenta, quanto por ter "carne fraca"...
Enquanto condicionarmos a nossa avaliação das situações pelos géneros dos intervenientes, estaremos sempre em desigualdade.
Enquanto não conseguirmos separar crenças religiosas, ou outras, no exercício da justiça estaremos sempre em desigualdade.
O caminho é longo e o futuro ainda não é capaz de esboçar um sorriso no que diz respeito à igualdade de género ou à discriminação. Seguimos carentes, ainda, de muita coisa.
Tanta discriminação e desigualdade em tantos campos por esse país fora...
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