Às vezes penso que é a questão da maternidade que assusta tanto as sociedades em que a liberdade das mulheres é restringida por homens; que se fôssemos igualmente livres, com a capacidade que temos de gerar pessoas dentro de nós, poderiam considerar-nos ameaçadoras da liberdade masculina. Às vezes, penso isto mas tento afastar o pensamento, porque sinceramente acredito na igualdade. Acredito que somos iguais, apesar das diferenças. Diferenças morfológicas essencialmente, mas mesmo assim diferenças. Fazem-me confusão as formas de celebração do Dia da Mulher. Acho-as terrivelmente machistas. Como se a mulher é que devesse ser celebrada e não luta pela igualdade de géneros relembrada. Exaltam-se as características ditas femininas, através das flores, dos bombons, da beleza, da sensibilidade, da atenção ao lar e à família. E ser mulher não é nada disso. É ser igual a ser homem. É ser pessoa. Mais do que se celebrarem as mulheres, deve-se relembrar que ainda não nos consideram iguais e p
Aqui, fala-se de filhos e de tudo o resto...