Hoje, gritei com o miúdo, coisa que não é hábito cá em casa. O meu filho é touro de signo e, como um belo espécime do signo, às vezes "encrença". Fica a marrar nas traves e não sai dali até ficar com um belo galo na cabeça. Já anda "encrençado" há algum tempo com uma questão lá da vida dele de pré-adolescente e, eu e o pai, temos tentado desviar-lhe a atenção das tábuas para coisas mais alegres, mas o miúdo é tramado e tem continuado a insistir em ficar ali a marrar, a marrar, como se não houvesse amanhã. Hoje, passei-me e gritei-lhe até que abrisse os olhos. "Porra, pá, sai daí, não vês que só magoas a cabeça e não derrubas essa porcaria!", saiu-me. Abriu os olhos de espanto com a minha reacção e, finalmente, começou a pensar que aquela treta de marrar nas traves só dá dores de cabeça e não derruba nada. De repente, pareceu que viu a luz. Começou a pensar, a pensar, a pensar tanto que quase se "encrençou" para um lado diferente: que realm