Sim, o tuga é fixe. E bondoso. Tão bondoso que até quando tira a selfie em frente ao velho monumento, o faz com cara de anjo e dentes arreganhados. Não interessa o calhau que lhe serve de fundo, interessa apenas o sorriso repleto de bondade. Resplandecente de bondade. A benevolência é tal que está sempre pronto a dar o pedaço de pão ao pobre, a fazer o voluntariadozinho junto dos coitadinhos, a salvar o cão que lhe matou o filho, a levar o refugiado para casa... Coração imenso, grandioso. Só tem um bocadito de medo de votar diferente nas urnas, não vá um estranho para o poder e lhe troque as voltas. E mude alguma coisa no país que o faça deixar de saber onde está o coitadinho, como se pode desviar do pobre, se cortaram as unhas ao cão ou quem é o refugiado. E tem medo de exigir que os governos governem e que a igualdade se torne realidade. (É que estas coisas acabadas em "ade" sempre foram tão perigosas... Assim como a liberdade que, ao fim de quarenta anos, ainda não