Estava aqui a pensar porque não gosto nada da ideia das princesas e no quanto me irrita chamar-se princesa a tudo o que é menina...
Enquanto criança sempre quis ser índia. As princesas pareciam-me sempre demasiado inactivas, não faziam nada senão esperar que os cavaleiros as viessem buscar ao cimo das torres onde alguém as tinha prendido. Já as índias conduziam canoas, andavam a cavalo, costuravam roupas com peles de animais e viviam entre os animais. Tinham uma vida muito mais interessante e, na minha opinião, eram muito mais bonitas. Adorava os cabelos longos e negros, as roupas de cabedal com missangas e franjinhas, as tranças e as penas coloridas.
Pelo contrário, as princesas viviam apertadas em espartilhos e passavam os dias em frente ao espelho a pentear uns cabelos demasiado desenxabidos e à espera de um príncipe que nunca mais vinha. Demasiado monótono para quem, como eu, gostava de aventuras e de trepar às árvores e detestava esperar. Se tivesse de escolher entre a vida das princesas e a dos príncipes, por exemplo, sem dúvida que escolhia a dos príncipes. Eles sim tinham vidas entusiasmantes, passavam os dias a cavalo, trepavam às torres, lutavam com dragões e com outros cavaleiros e não se preocupavam com as unhas ou com os cabelos desalinhados.
Ainda hoje não gosto do que se relaciona com princesas. Sou pelo conforto acima do bonito, raramente pinto as unhas, maquilho-me poucas vezes e apenas de forma básica, não uso saltos altos a não ser que seja estritamente necessário, não gosto especialmente de malas e sapatos e detesto estar dentro de roupa que me aperte (o que visto justo tem de ser confortável).
Resumindo, continuo ainda hoje a encaixar-me mais no perfil da índia ou do príncipe do que no da princesa e, talvez por isso, me pareça redutor adjectivar as meninas de princesas, porque as vidas das princesas sempre me pareceram demasiado reduzidas, pequeninas até. Passar o tempo em redor de um espelho e à espera que alguém nos traga uma vida numa bandeja é entediante, e redutor, muito redutor, e encaixar as meninas, futuras mulheres, neste padrão chega a ser ofensivo.
Pelo menos para mim é.
Pelo contrário, as princesas viviam apertadas em espartilhos e passavam os dias em frente ao espelho a pentear uns cabelos demasiado desenxabidos e à espera de um príncipe que nunca mais vinha. Demasiado monótono para quem, como eu, gostava de aventuras e de trepar às árvores e detestava esperar. Se tivesse de escolher entre a vida das princesas e a dos príncipes, por exemplo, sem dúvida que escolhia a dos príncipes. Eles sim tinham vidas entusiasmantes, passavam os dias a cavalo, trepavam às torres, lutavam com dragões e com outros cavaleiros e não se preocupavam com as unhas ou com os cabelos desalinhados.
Ainda hoje não gosto do que se relaciona com princesas. Sou pelo conforto acima do bonito, raramente pinto as unhas, maquilho-me poucas vezes e apenas de forma básica, não uso saltos altos a não ser que seja estritamente necessário, não gosto especialmente de malas e sapatos e detesto estar dentro de roupa que me aperte (o que visto justo tem de ser confortável).
Resumindo, continuo ainda hoje a encaixar-me mais no perfil da índia ou do príncipe do que no da princesa e, talvez por isso, me pareça redutor adjectivar as meninas de princesas, porque as vidas das princesas sempre me pareceram demasiado reduzidas, pequeninas até. Passar o tempo em redor de um espelho e à espera que alguém nos traga uma vida numa bandeja é entediante, e redutor, muito redutor, e encaixar as meninas, futuras mulheres, neste padrão chega a ser ofensivo.
Pelo menos para mim é.
DAQUI |
Apesar de concordar com a essência do que diz acaba por ter um toque de paradoxo o papel de parede do seu blog...coraçõezinhos diria que é algo bastante à princesa, ou não?
ResponderEliminar:)
EliminarNão, amigo anónimo, é amor mesmo, neste caso de mãe! :)
Mas gostei da pertinência da sua observação. ;)