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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2012

Afirmações Falsas

Bem, já que ninguém arriscou nas afirmações falsas do  post ali em baixo , a não ser a  Art and Life , venho dizer que ela acertou em duas. Assim, as afirmações falsas são: 1. Tenho um golfinho tatuado no tornozelo. Tenho uma tatuagem, mas não é um golfinho (que associo sempre ao "Amor de Mãe" do ultramar pela quantidade enorme de gente que os tem estampados no corpo), nem no tornozelo. 2. Tenho 10 primos. Tenho muitos primos, mas não são 10, são 8. 6. A experiência mais radical que tive foi saltar de  pára-quedas. Nunca saltei de pára-quedas e acho que nunca vou saltar. Art and Life , eu também não gosto de frutas cristalizadas! Blhac!! Pois é, parece que não tenho jeito nenhum para esta história dos selos com desafios ou para posts interactivos. Vocês nunca dizem nada! :((( Sinceramente, estes também não são os posts que mais aprecio. Vou, mas é deixar-me disto!

Pirilampo Mágico

Já disse aqui que não sou grande adepta de se fantasiar demasiado a realidade às crianças, que não gosto de mentiras, nem das mais caridosas, mas quando o meu filho esteve entre a vida e a morte, deitado numa cama de hospital com dores terríveis, que lhe levaram, durante aquele duro período da sua curta vida, o sorriso permanente que o caracteriza, fantasiei e tentei arranjar um motivo, uma fé ou uma crença para que ele não perdesse a esperança de que ia ficar bom outra vez. Esse motivo, fé e crença, encarnaram no Pirilampo Mágico. O J. sempre sentiu um grande fascínio pelos Pirilampos, talvez por terem a palavra "mágico" no nome, talvez porque são uns bonequinhos simpáticos, não sei.  Quando vim a casa pela primeira vez, desde que ele deu entrada no hospital, tentei levar-lhe referências positivas da sua vida normal, numa tentativa de recuperar o meu sorriso preferido, o dele.  Peguei no Rafa, que é um boneco de pano que dorme com ele desde que o comprei (engraçad

Namoradas

-Mãe, o pai já teve outra namorada antes de ti? -Já! E tu já tens alguma namorada? - aproveitei a deixa para sondar a vida amorosa do meu filho. -Não! -Porquê? Não queres ou não gostas de nenhuma menina lá da escola? -Eu quero, mas não gosto de nenhuma. -E não há nenhuma que goste de ti? -Há, a S., mas eu não gosto dela. -Porquê? -Ela não é muito esperta e está sempre "do contra". -Está sempre "do contra"? Porquê? -Não sei, mas não é muito bom por causa da política! -Da política? Mas vocês falam de política???? -Não, mas quando formos maiores vamos falar, porque ela vai ter que deixar de pensar só em pulseirinhas da Pandora e nessas coisas. E, quando falarmos de política, não é bom ela estar sempre "do contra"! OK!

Solidariedade ou Caridade(zinha)?

Hoje, fui às compras. Estavam lá as brigadas do Banco Alimentar Contra a Fome . Fiz as minhas compras e quando estava na caixa para as pagar, oiço uma das senhoras, que distribuía os sacos de plástico do Banco Alimentar, falar com um homem, negro que vestia calças de ganga e uma daquelas t-shirts dos clubes de futebol, que se desculpava por não aceitar o saco que ela lhe estendia. (A descrição do homem serve apenas para conseguirem visualizar o perfil que a senhora desenhou do seu interlocutor). A dita senhora respondeu assim às desculpas dele: - Sim, compreendo, também é pobrezinho, não é? Há anos que não ouvia este "pobrezinho", que tem vindo a ser substituído por "carenciado". Confesso que o "pobrezinho" me caiu mal, não por eu preferir o "carenciado", mas por o "pobrezinho" me cheirar sempre a caridadezinha. Fiquei a matutar na real motivação das pessoas que contribuem nestas iniciativas (das voluntárias e de quem, como e

Selo Da Pretty in Pink

Ok, além de indisciplinada também sou desnaturada!  A  Pretty in Pink  ofereceu-me este selo quando atingiu 700 seguidores e eu, por ser tão desnaturada, ainda não tinha respondido ao desafio que ele  traz em anexo , assim vou fazê-lo agora logo a seguir a agradecer-lhe.  Obrigada,  Pretty in Pink  e desculpa o atraso desta blogger desnaturada! As regras são as seguintes: 1. Dizer 7 factos sobre ti (dos quais 3 são mentira); 2. Desafiar os seguidores a descobrir quais os 3 que são falsos; 3. Fazer um post a denunciar as tuas mentirinhas uns dias depois; 4. Passar o desafio, bem como o selo, a 5 seguidores que consideres merecedores, e a quem queiras agradecer o carinho que têm tido contigo; Mais uma vez, não vou passar o desafio devido à indisciplina que me caracteriza, mas sintam-se à vontade de o levar! Os 7 factos sobre mim, dos quais 3 são mentira, são os seguintes: (Agora é que vamos ver quem me conhece!) 1. Tenho um golfinho tatuado no tornozelo;

Prendinha Com Desafio

A  Dreams  do blogue  Pensamentos Difusos  ofereceu-me este selo que me deixa muito lisonjeada e agradecida. Obrigada, menina! As regras são as seguintes: 1. Escolher 5/6 blogues recentes, com menos de 200 seguidores para atribuir o mimo; 2. Mostrar o agradecimento a quem o repassou fazendo um link para o seu blogue; 3. Listar quem serão os escolhidos para receber o agrado, com os seus respectivos links e avisar sobre o selo; 4. Partilhar 5 factos aleatórios acerca de mim que ninguém conheça ainda. Quanto às regras 1 e 3, vou desrespeitá-las. Como já disse num outro desafio, sou indisciplinada, por isso não posso fazer isto tudo direitinho.  Os 5 factos são os seguintes (acrescentei o "c" aos factos só para acentuar a minha indisciplina. Na realidade, até gosto muito do acordo ortográfico, especialmente se for para os brasileiros usarem!): - Gosto de me vestir de preto; - Os meus pés são feios, no entanto acho

Mães E Filhas- Melhores Amigas?

Na rubrica Ser ou não ser  da revista Pais & Filhos, li um artigo de opinião escrito pela jornalista e mãe de dois adolescentes, Sofia Barrocas, sobre Mães & Filhas, que expressa a ideia que as mães e as filhas não podem ser "melhores amigas". Confesso que fiquei chocada com a imensidão de disparates escritos por esta senhora. Além de discordar com cada palavra por ela teclada, eu, e mais umas quantas pessoas que conheço, somos a prova viva de que as mães e as filhas podem ser "melhores amigas". Senhora jornalista e mãe de dois adolescentes: A minha mãe já foi, e ainda vai, comigo para os copos; sabe mais sobre mim do que qualquer outra pessoa (e não apenas por sapiência maternal, mas essencialmente pelas nossas conversas); conheceu todos os namorados que tive (por acaso nem foram muitos, o que a poupou a um desfilar de rapazolas burbulhentos e de voz esganiçada); falamos sobre tudo, inclusivamente de sexo, tanto de uma como da outra; tem plena

A Prenda

Conhecem algum miúdo que, como prenda pelos seus 8 anos, peça aos colegas um livro de exercícios de matemática do 3º ano? Não??? Eu conheço! O meu! Miúdo, se continuares assim, estás tramado estás!

Depois de Cada Eu Próprio, Virá Sempre Outro Eu Não Tão Próprio (Ou Mais Ainda)

O meu filho está quase a fazer 8 anos. Fogo!!! 8 anos!!!! E eu que cheguei a pensar que não o iria ver a lavar os dentes sozinho, a ler, a escrever, a ir à escola, a arranjar o pequeno-almoço sem ajuda... Ele já faz tudo isso e eu tenho estado cá para assistir ao seu crescimento; à conquista gradual pela sua independência; ao seu amadurecimento.  Estou orgulhosa dele e contente por ainda aqui estar, e a assistir. Gosto de acompanhar cada passo, cada descoberta, cada conquista, cada "depois de". Essa história, que nos foi impingida pelos reality shows  de "sermos sempre nós próprios" não passa de uma treta! Nós não somos sempre "nós próprios", nós somos um agora e outro depois. E quem pretender ser eternamente "eu próprio", recusa-se a viver, a evoluir, porque a vida mantém-nos em constante mutação,  numa constante transmutação de "eus". Eu não sou sempre "eu própria". Hoje, sou uma "eu", amanhã serei out

Desassossego

Gostava de conseguir transpor o meu desassossego para o papel. Utilizar a escrita para despejar a minha cabeça de tudo o que por aqui borbulha. Transformar em caracteres tormentas, palavras, sensações, dúvidas (imensas dúvidas) que me esvaziaria e me devolveria o silêncio revitalizante.  Este cérebro não pára um segundo, o que, às vezes, me cansa, cansa-me muito. É como se estivesse sempre alguém a fazer-me perguntas ao ouvido. Algumas questões consigo pôr de lado, como quem separa a comida e coloca a de que não gosta à borda do prato. Mas quando sinto fome, vou lá buscá-la outra vez. Outras não me largam. Infernizam-se a vida, pulsam-me nas têmporas.  E quero encontrar as respostas, preciso! Este cepticismo obstinado é doentio. Mas se não fosse ele, eu não teria vontade de estar aqui, nem de tentar sorver toda a espécie de conhecimento possível. Toda a espécie, não, porque há coisas que o meu cérebro rejeita. E rejeita tão veemente, que acabo por me sentir culpada por não quer

"A Mãe Que Chovia"

Este livro do José Luís Peixoto é verdadeiramente delicioso. Li-o ao meu filho, numa noite destas, e ele também o adorou. Nem a linguagem, nem a profundidade dos sentimentos são fáceis de entender pelas crianças, mas a beleza das ilustrações e das palavras é tanta que torna-se impossível não nos apaixonarmos por ele. Este foi o único livro de que fiquei à espera para o ir, a correr, comprar. Não me arrependi! Valeu bem a pena! LINDO!

MEDOOOOO!!!!!

Ontem, almocei no Wok To Walk.  Como sabem, os funcionários desta cadeia de restaurantes são maioritariamente imigrantes, brasileiros, com pouca formação académica, de baixo nível económico. Apesar disso, todos os que me atenderam foram simpáticos, bem-educados, cordiais. Enquanto esperava pela minha vez, fui observando a cliente que estava à minha frente. Rapariga nova, de uns vinte e poucos anos, bem arranjada, com sinais de quem tem dinheiro suficiente para o telemóvel caro, para a mala e os sapatos de marca, com aspecto de quem tirou um qualquer curso superior. Portanto, em vantagem aparente no que diz respeito ao nível de educação recebido, relativamente aos empregados que a atendiam. Mas a rapariga fez o seu pedido de uma tal forma, que me deixou envergonhada. A petulância com que se dirigia aos empregados tocava a má-educação, tocava não, estava mesmo para lá da má-educação. Tratava-os como se fossem seres menores, se é que isso existe, como se tivessem a obrigação de

Calor Afirmativo

-Mãe, hoje está um dia de Verão na Primavera! -Pois, está! Está um calorzinho bom! -Uma colega minha até estava com aquelas camisolas de mangas cavas e com o decote assim. (Esgargala a t-shirt). Está mesmo calor!  -Disseram que amanhã ainda vai estar mais calor. Vão estar 30º! -E afirmativos, não é? -Afirmativos??? -Sim, 30º afirmativos! -Positivos?! -Oh, é isso!

Sol

E lá apareceu o Sol...  Já estava cheia de saudades e, mal o vi, desatei a fazer fotossíntese como se não houvesse amanhã. Ah pois, que eu sou meia animal já vocês sabiam, agora que também me dá para ser planta é uma novidade. É ou não é? Imagem retirada da Internet

Onde Acaba o Instinto de Protecção Altruísta e Começa o Egoísta Espírito Protector?

Gostava de saber: Onde mora essa linha ténue que separa o famigerado instinto protector das mães, da necessidade egoísta de se preservarem ao sofrimento; Se quando impedimos um filho de fazer alguma coisa que nos atormenta, estamos a impedi-lo apenas por medo do que lhe possa acontecer ou se é também, e principalmente, para nos pouparmos à preocupação que nos invadirá ao deixá-lo; Se a beleza de ser mãe é assim tão bela como a pintam; A verdade do sentimento de protecção. Sinto-o tão difuso e tão misturado com outros sentimentos... O limite da protecção. Até onde nos é permitido ir e a partir de onde se passa a chamar superprotecção. Eh pá, gostava de saber tanta coisa, que acho que, por muito tempo que viva, nunca vou ter vida que chegue para acumular tanto conhecimento... Garçon , sai outra vida aqui para a mesa do canto, se faz favor!

Mãe

A segurança que me dás é tão imensa que durante nove meses vivi em ti. Se um dia, desejei sair da protecção do teu corpo, foi na certeza de te ter, cá fora, à minha espera. Se cresci (e como cresci!) foi porque acompanhaste cada centímetro que se me acrescentava. Se aguentei algumas tormentas da vida, foi por te saber lá... cá ao meu lado. Em todo o teu sofrimento, que se tornou meu também, sempre acreditei na tua força de guerreira, e de lapa que se cola à vida sem a largar, apesar da pressão e insistência das ondas. Nas dúvidas (que também as houve) se a tua resistência suportaria tanta mossa, tanta pancada, tanta porrada desta vida injusta às vezes, era no fundo dos teus olhos que encontrava a esperança. Por vezes, ténue, mas lá estava ela em forma de brilho. Mãe, porque este e todos os outros dias da minha vida são teus, porque a tua ausência me deixa sozinha, porque o mundo não seria o mesmo sem ti e por mil e uma outras razões, hoje, quero dizer-te AMO-TE Imagem re

O Meu Dia da Mãe Já Começou!

Já comecei a receber prendinhas do Dia da Mãe!  Entre outros desenhos, recebi estes, que retratam as várias fases de um coração de mãe. Estas são baseadas no livro Coração de Mãe de que já falei AQUI .  Quando vai buscar o filho à escola Quando um filho aprende uma palavra nova Quando um filho diz uma piada E agora, roam-se lá de inveja dos meu desenhos tão lindos!!!!!

Ser Criança Ou Ser Adulto? Eis a Questão...

- Mãe, tu gostavas de ser criança outra vez, não gostavas? - Gostava! - Porquê? - Porque podia estar sempre a brincar, não precisava de ir trabalhar, tinha menos responsabilidades... - Mas se tu fosses criança, eu não existia... - Pois não! - Então não era bom seres criança!  - Pois não, não tinha piada nenhuma tu não existires! - Podias era, depois, teres-me outra vez... Ou podias ter outro menino e não ser eu... - Podia ter uma menina. - Não, mãe, é melhor assim!  - Também acho!     E tu, gostavas de ser adulto? - Gostava! - Porquê? - Porque se eu fosse adulto, podia jogar basquetebol e ser guarda-redes a sério e ganhar dinheiro. - Mas agora também és basquetebolista e guarda-redes, só não ganhas é dinheiro. Querias ser adulto para ganhares dinheiro? - Sim, mas era a sério. Na escola, não sou guarda-redes a sério, nem sequer há linhas no chão. E ganhava dinheiro. - Mas precisas de dinheiro para quê? Agora, não tens as coisas que precisas? - Tenh

Mais Um Grande Pingo da Minha Doce Ilusão Se Desvanece

José Saramago, no seu Ensaio sobre a Cegueira,  foi um autentico visionário. Ele viu o que aconteceria se  um Pingo Doce da vida real fizesse uma promoção diabólica no 1º de Maio, onde todos os compradores, de quantias superiores a 100€, teriam 50% de desconto. Na história dele (do Saramago) as pessoas tinham cegado. Na nossa história, as pessoas não são cegas, mas aspiram por ser em troca de 50% de desconto. Os valores, os princípios e, tudo o resto a que chamam conversa fiada, são deitados pelo cano abaixo, se puderem lucrar (ou poupar, como preferirem) 50% do capital investido. Se preciso for, matam, esfolam, roubam produtos dos carrinhos de supermercado dos outros ou vendem os seus carrinhos vazios depois de já terem a sua cota parte da promoção assegurada. A empresa Pingo Doce conseguiu, com este gesto de bondade extrema, atirar por terra qualquer esperança, que ainda me restava, neste país e nesta gente. Ao ver as reportagens na televisão sobre o que passou ontem, im

A Menina do Capacete Cor-de-Rosa

Imagem retirada da Internet A menina do capacete cor-de-rosa atirava comida aos pombos, atirava literalmente, como se os quisesse alvejar com os pedacinhos de pão, ou milho, não sei. Os pombos fugiam a cada investida sua. Queriam comer, mas não a queriam ali. Não queriam toda aquela energia e agitação, que lhes eram ameaçadoras. Ela insistia, "tomem pombos!", "comam!". O pai, ou avô, esperava abstraído da cena, enquanto segurava a bicicleta, que ainda tinha as rodinhas para quem não se equilibra sozinha a pedalar. Olhava o infinito, enquanto a pequena impingia comida, e a sua presença, aos pombos. O acto da menina a alimentar os pombos era de uma crueldade ingénua, e o de eles a fugirem-lhe de uma crueldade instintiva. No seu todo, formavam um quadro de uma beleza incrivelmente... cruel!