Avançar para o conteúdo principal

Da Blogosfera

Sou uma novata nestas andanças da blogosfera. Este blogue ainda não fez seis meses e, antes de o criar, não costumava andar a visitar blogues. Usava o computador para trabalhar, estudar e para pesquisar coisitas na Net, nada mais.
Entretanto, fiquei desempregada, abri uma conta no Facebook, outra no Twitter, outra no Google + e criei este blogue numa noite de insónias.
O que inicialmente serviu para me distrair, começou a tomar proporções maiores e interessei-me em tentar conhecer os mais variados tipos de blogues.

Esta, foi uma boa descoberta que me tem proporcionado ter uma visão mais alargada, apesar de um pouco simplista dada a minha ignorância na matéria, deste vasto mundo que é a blogosfera.
Nesta viagem bloguótica, tenho encontrado uns blogues maravilhosos, outros nem por isso; autores que escrevem brilhantemente e outros nem tanto... Nos textos dos autores que escrevem bem, por vezes, deparo-me com coisas interessantíssimas, outras vezes, deparo-me com ideias tão tristes, que desvirtuam a própria escrita. Em contrapartida, há autores que, não possuindo o brilhantismo da escrita, têm ideias geniais...
Enfim, por aqui há de tudo!

(Uma coisa que me tem feito um pouco de confusão é o sucesso dos blogues inteiramente dedicados a futilidades. Não sei se será porque as pessoas precisam das futilidades para se abstraírem da dura realidade que vivem, se será porque são mesmo fúteis. Entre uma e outra, prefiro acreditar na primeira opção!)

Sou leitora assídua de vários blogues, uns por gostar do que lá está escrito, outros por simpatizar com os autores, outros pelas duas razões e outros ainda só para ver "que raio de porcaria vão inventar desta vez". Confessar isto pode parecer-vos um pouco suicida, mas de facto não é, pois nunca comento o que acho uma porcaria, não sou daquelas leitoras que desatam a insultar o blogger, ou porque acham que o que disse é uma mentira descarada, ou porque não gostam dele por qualquer razão, ou ainda porque não têm mais nada para fazer senão azucrinar os outros.
Na realidade, é por ler muita coisa e, apenas comentar algumas que defendo sempre, com unhas e dentes, a liberdade de expressão. Acho que todos têm o direito de dizerem o que quiserem, desde que não prejudiquem ninguém e nós, leitores, só lemos o que queremos; se não gostamos, ou não lemos, ou discutimos o assunto civilizada e construtivamente.
Pessoalmente, gosto de discutir quando acho que vale a pena, quando acho que as diferenças entre mim e o interlocutor não são enormes, quando acho que depois da discussão se vai "fazer luz" para ambos os lados. Se não acho nenhuma destas coisas, remeto-me ao silêncio e, podem ter a certeza, quando eu me remeto ao silêncio, se não for porque não vi, não tive tempo ou não me apeteceu comentar, é porque estou convicta que não vale mesmo a pena perder tempo com aquilo que, para mim, é idiotice.

E é por tanto acreditar na liberdade de expressão e em que toda a opinião é válida, mesmo quando diferente da nossa, que vos informo:
Aqui, não me verão dizer mal só por dizer, criticar sem nenhum fim construtivo não é comigo, pois a maledicência é um feito de quem possui um carácter menor (e agora podem chamar-me convencida à vontade), o meu está um bocadinho acima. Ah pois está!

Comentários

  1. Gostei muito deste post e não podia concordar mais contigo. Deve ser por isso que leio cada vez menos blogs, também não tenho tido muito tempo, coisa que acho que em breve vai mudar.Bom fim-de-semana!!

    ResponderEliminar
  2. Dizes que andas por cá a pouco tem po, mas já tens a prespesctiva toda da coisa.
    Também não entendo a razão que pessoas publicam isto e aquilo que vestem ou os cremes que querem comprar, na volta vestem-se todos na feira da terra onde vivem e depois dizem que vestem tudo de marca dos pes a cabeça.... enfim.
    O meu modesto blogue nao fala mal nem bem de outros blogues, fala do que me apetece e nada mais, quem gosta gosta, quem não gosta não é obrigado a ler.
    Continua, cheguei aqui hoje e estou a gostar do que tenho lido

    ResponderEliminar
  3. Tenho a mesma exacta opinião!

    E se há coisa que não suporto são blogues futeis... por isso nem perco tempo com eles... mas também não me ponho a apontar-lhes o dedo, porque isso seria dar-lhes importância que não têm!

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Vá lá, digam qualquer coisinha...
...por mais tramada que seja...

Mensagens populares deste blogue

Vejam só o que encontrei!

Resumindo :  Licenciatura em marketing (um profissional certificado); Gosto pela área comercial (amor cego que se venda barato);  De preferência, recém-licenciado (cabeça fresquinha e sem manhas); Com vontade de aprender (que aceite, feliz, todas as "óptimas" condições de trabalho que lhe oferecem, porque os ensinamentos não têm preço); Disponibilidade imediata (já a sair de casa e a arregaçar as mangas);  Carta de condução (vai de carro e não seguro, como a Leonor descalça do Camões);  Oito horas de trabalho por dia e não por noite (muito tempo luminoso para aprender, sem necessidade de acender velas). Tudo isto, a troco de: Um contrato a termo incerto (um trabalho p'rá vida); 550€ / mês de salário negociável (uma fortuna que pode ser negociável, caso o candidato seja um ingrato); Refeições incluídas (é melhor comer bem durante as horas de serviço, porque vai passar muita fominha a partir daquela hora do dia em que tiver de

Apneia

 Sempre esta coisa da escrita... De há uns anos para cá tornou-se uma necessidade como respirar. Tenho estado em apneia, eu sei. Não só, mas também, porque veio a depressão. Veio, assim, de mansinho, como que para não se fazer notar, instalando-se cá dentro (e cá fora). Começou por me devorar as entranhas qual parasita. Minou-me o corpo e o cérebro, sorvendo-me os neurónios e comendo-me as ideias, a criatividade e a imaginação. Invadiu-me a mente e instalou pensamentos neuróticos, medos, temores, terrores até. Fiquei simultaneamente cheia e vazia. E a vontade de me evaporar preencheu-me por completo, não deixando espaço para mais nada. Não escrevia há meses. Sinto-lhe a falta todos os dias. Mas havia (há) um medo tão grande de começar e só sair merda. E, no entanto, cá estou eu a escrever de novo. Mesmo que merda, a caneta deslizou sobre o papel e, agora, os dedos saltam de tecla em tecla como se daqui nunca tivessem saído. O olhar segue os gatafunhos, o pensamento destrinça frases e e

Dos blogues

DAQUI Comecei isto dos blogues faz tempo. Mais precisamente em 2011. Faz tanto tempo que este menino aqui já completou cinco anos em Agosto. Há cinco anos e picos que venho para aqui arrotar as minhas postas de pescada. Primeiro, em núpcias das delícias da maternidade; depois confrontada com o fim das núpcias; hoje, com a consciência de que a maternidade se expande por tudo o que é lado da vida da gente. Nunca, mas mesmo nunca, tentei tornar este blogue num lugar cuchi-cuchi, fofinho e queridinho. Este lugar não é de todo fofinho. Não há por aqui adoçantes da vida, nem marcas a embelezar o que se passa por dentro e por fora da minha experiência enquanto mãe, ou enquanto pessoa, ou até mesmo a comandar o que escrevo. Não me deixo limitar por "politicamente correctos" ou estereótipos que atentem contra a minha liberdade na escrita. Escrevo o que me dá na real gana, quando me dá na real gana. Em tempos, cheguei a ter por aqui uma publicidade, mas nada que me prendesse

Tenho uma tatuagem no meio do peito

Ontem, no elevador, olhei ao espelho o meu peito que espreitava pelo decote em bico da camisola, e vi-a. "Tenho uma tatuagem no meio do peito", pensei. Geralmente, não a vejo. Faz parte de mim, há dez anos, aquele pontinho meio azulado. Já quase invisível aos meus olhos, pelo contrário, ontem, olhei-a com atenção, porque o tempo já me separa do dia em que ma fizeram e me deixa olhá-la sem ressentimentos. À tatuagem como à cicatriz que trago no pescoço. A cicatriz foi para tirar o gânglio que confirmou o linfoma. Lembro-me do médico me dizer "vamos fazer uma cicatriz bonitinha. Ainda é nova e vamos conseguir escondê-la na dobra do pescoço. Vai ver que quase não se vai notar". Naquela altura pouco me importava se se ia notar. Entreguei o meu corpo aos médicos como o entrego ao meu homem quando fazemos amor. "Façam o que quiserem desde que me mantenham viva", pensava. "Cortem e cosam à vontade! Que interessa a estética de um corpo se ele está a morrer

Adolescência e liberdade

Os casos de adolescentes que se agridem têm inundado a comunicação social. Ora os irmãos, filhos de um embaixador, que espancaram um rapaz de 15 anos; ora o rapaz de 16 anos que espancou outro de 14 até à morte. Para a comunicação social, estes casos são "doces". Geram polémica, opiniões controversas, ódios e amores e duram, duram, gerando imensos artigos com informações e contra-informações. O primeiro caso, conhecido por "caso dos irmãos iraquianos" pode ter "origens xenófobas", diz-se por aí. A verdade é que se não teve "origens xenófobas" pode vir a ter "fins xenófobos". O facto de se sublinhar que os gémeos são iraquianos na divulgação das notícias sobre este caso está a abrir caminho para potenciar ódios de cariz xenófobo. A opinião pública revolta-se contra os agressores, que não tendo desculpa pelas agressões, seja qual for a origem destas, relacionam-nos com a sua nacionalidade. "Ah e tal, são iraquianos!"; "E