Imagem retirada da Internet |
Pessoas que vivem amedrontadas dentro da própria casa com medo daquele/a que escolheram para dividir a sua vida e que, em muitos casos ainda amam (ou pensam que amam).
Mas a violência doméstica não é só o murro, o pontapé, o palavrão e o insulto, é também o desamor com que muita gente vive, é viver-se separado, apesar de sob o mesmo tecto, é ser-se um dentro de casa e outro fora dela, é coabitar onde não há partilha genuína, onde não há autenticidade ou cumplicidade e onde a mentira reina.
Tantos e tantos casais vivem, anos a fio, na mesma casa sem que se conheçam realmente, escondendo a intimidade de cada um, debaixo de desculpas como "manter o mistério" ou "preservar o outro de o ver menos atraente". Mas o que é o amor afinal? Não é gostar do outro no seu todo, com todas as suas qualidades e defeitos? Ou acaba quando nos deparamos com algo que não preenche os requisitos do nosso par ideal?
E há pessoas, que com medo de se mostrarem inteiras, mantêm vidas duplas, triplas, quadruplas... São umas em casa, outras com os amigos, outras com os amantes e ainda outras com o mundo. Quem são elas na realidade? Se juntarmos todas estas múltiplas personalidades, encontraremos alguém? Ou encontramos apenas o vazio?
A violência de não se ser o que se é, de não se assumir quem se é, não será pior que a violência física? Além de se violentar o outro não se estará, também, a violentar-nos a nós próprios, a atentarmos contra a nossa integridade enquanto pessoas? Não estaremos a despersonalizarmo-nos em prol de um amor que na verdade não passa de uma mentira, de uma ilusão, de uma ficção?
Podem chamar-me egoísta à vontade, pois acho, e continuarei sempre a achar, que pior do que o que fazemos aos outros, é o que fazemos a nós próprios e se não assumimos quem somos estamos a negar a razão da nossa existência. E essa é ou não é a maior das violências?
Tantos e tantos casais vivem, anos a fio, na mesma casa sem que se conheçam realmente, escondendo a intimidade de cada um, debaixo de desculpas como "manter o mistério" ou "preservar o outro de o ver menos atraente". Mas o que é o amor afinal? Não é gostar do outro no seu todo, com todas as suas qualidades e defeitos? Ou acaba quando nos deparamos com algo que não preenche os requisitos do nosso par ideal?
E há pessoas, que com medo de se mostrarem inteiras, mantêm vidas duplas, triplas, quadruplas... São umas em casa, outras com os amigos, outras com os amantes e ainda outras com o mundo. Quem são elas na realidade? Se juntarmos todas estas múltiplas personalidades, encontraremos alguém? Ou encontramos apenas o vazio?
A violência de não se ser o que se é, de não se assumir quem se é, não será pior que a violência física? Além de se violentar o outro não se estará, também, a violentar-nos a nós próprios, a atentarmos contra a nossa integridade enquanto pessoas? Não estaremos a despersonalizarmo-nos em prol de um amor que na verdade não passa de uma mentira, de uma ilusão, de uma ficção?
Podem chamar-me egoísta à vontade, pois acho, e continuarei sempre a achar, que pior do que o que fazemos aos outros, é o que fazemos a nós próprios e se não assumimos quem somos estamos a negar a razão da nossa existência. E essa é ou não é a maior das violências?
Muito bom este seu parecer!
ResponderEliminarPessoalmente acho muito pior a violência psíquica do que uma bofetada dada no calor de uma discussão (não dou desculpa a nenhuma delas)
Abracinho meu
Tens toda a razão. Faz confusão como as pessoas deixam-se viver assim, nesta condições...
ResponderEliminarBj** e bom fim-de-semana