Às vezes, a vida entra-me nariz adentro: no cheiro das flores, do feno, do mar, do sabonete que lavava a cara da minha bisavó.
Às vezes, a vida roça-me a pele: no pêlo dos bichos por entre os dedos, na barba mal feita do meu homem que me arranha a cara, nos cabelos do meu filho junto ao queixo.
Às vezes, a vida mora-me nos sentidos e aloja-se no sentido da própria vida.
Comentários
Enviar um comentário
Vá lá, digam qualquer coisinha...
...por mais tramada que seja...