Penso as relações com abertura, sinceridade, frontalidade. Não consigo sustentar amuos, mal-entendidos, palavras por dizer.
Sei que às vezes sou bruta nesta forma de agir, que a minha frontalidade fere e incomoda, que às vezes ofende. Mas os silêncios piedosos, as incompatibilidades por resolver e as dores caladas são sempre mais cruéis, porque aquilo que não se verbaliza fica a doer para sempre, a escarafunchar-nos por dentro e ergue muros difíceis de transpor entre o que somos e o que o outro pensa e sente que somos.
A palavra, por mais dura que seja, vem dar espaço ao entendimento, à compreensão do outro, à partilha de emoções, ao fortalecimento das relações.
Calar a dor não a destrói, pelo contrário, amplifica-a. Fá-la gritar-nos aos ouvidos a sua presença e trá-la à superfície sempre que estamos mais frágeis.
Há entendimento sem palavras, que há. Às vezes, esse é o mais forte e profundo, porque prescinde de quase tudo, bastando-nos existir para percebermos o outro e para que o outro nos perceba. Mas, infelizmente, é raro, porque depende de uma comunicação quase telepática entre as pessoas, que nem sempre existe.
A palavra abre-nos ao outro, revela-nos, torna-nos conscientes de nós próprios e do que sentimos e dá-nos, entrega-nos ao outro - a palavra sincera, que vem de dentro, não a que nos sai por comodismo ou gentileza, mas aquela que vamos buscar às inseguranças e medos, às incertezas, às fragilidades. Essa palavra que nos torna débeis e confronta as debilidades do outro, mas que, ao mesmo tempo, nos impõe a força para ultrapassarmos os obstáculos daquilo que sentimos, daquilo que o outro sente e que, no final, vem amenizar tudo, apaziguar e fortalecer as relações. Esse é dom da palavra.
Sei que às vezes sou bruta nesta forma de agir, que a minha frontalidade fere e incomoda, que às vezes ofende. Mas os silêncios piedosos, as incompatibilidades por resolver e as dores caladas são sempre mais cruéis, porque aquilo que não se verbaliza fica a doer para sempre, a escarafunchar-nos por dentro e ergue muros difíceis de transpor entre o que somos e o que o outro pensa e sente que somos.
A palavra, por mais dura que seja, vem dar espaço ao entendimento, à compreensão do outro, à partilha de emoções, ao fortalecimento das relações.
Calar a dor não a destrói, pelo contrário, amplifica-a. Fá-la gritar-nos aos ouvidos a sua presença e trá-la à superfície sempre que estamos mais frágeis.
Há entendimento sem palavras, que há. Às vezes, esse é o mais forte e profundo, porque prescinde de quase tudo, bastando-nos existir para percebermos o outro e para que o outro nos perceba. Mas, infelizmente, é raro, porque depende de uma comunicação quase telepática entre as pessoas, que nem sempre existe.
A palavra abre-nos ao outro, revela-nos, torna-nos conscientes de nós próprios e do que sentimos e dá-nos, entrega-nos ao outro - a palavra sincera, que vem de dentro, não a que nos sai por comodismo ou gentileza, mas aquela que vamos buscar às inseguranças e medos, às incertezas, às fragilidades. Essa palavra que nos torna débeis e confronta as debilidades do outro, mas que, ao mesmo tempo, nos impõe a força para ultrapassarmos os obstáculos daquilo que sentimos, daquilo que o outro sente e que, no final, vem amenizar tudo, apaziguar e fortalecer as relações. Esse é dom da palavra.
Eu também penso e sinto assim mas vou percebendo que por vezes temos mesmo de silenciar. Há quem funcione muito por silêncios tácitos e quando tentamos trazer à tona aquilo que é por demais evidente, fica ofendido e põe em causa tudo e mais alguma coisa. É algo que me entristece sempre mas vejo que poucos têm a capacidade de reflectir sobre si próprios e sobre os outros, sem que o ego interfira e atrapalhe tudo. Então, pelo bem do que existe, às vezes é isso, silencia-se.
ResponderEliminar"Pelo bem do que existe..." O pior é que muitas vezes existe pouco e esse "pouco" vai diminuindo à medida que se cala e se colecciona ofensas. Às tantas, estamos atafulhados em ofensas e o que existe esfuma-se por entre elas.
ResponderEliminarCompreendo que haja quem não consegue reagir ao que sente de outra forma senão com silêncios tácitos, mas trazer à tona o que nos fere é meio caminho andado para deixar de ferir.
Talvez seja eu que sou pouco tolerante em relação aos mal-entendidos... Mas sinto-me incapaz de os alimentar, mesmo que seja só com silêncios.
Beijinhos, A marte, Bom Ano!!!