É incrível que quando vens de manhã deitar-te a meu lado, o abraço que me dás continue a ser com aqueles braços pequeninos de há anos.
O estado semi-adormecido em que me encontro não distingue os anos que já passaram. Sinto as tuas mãos pequeninas a apertarem instintivamente o meu braço, como se ainda não conseguissem controlar a força ou o movimento; como se, ainda, tivessem os dedos gordinhos e minúsculos.
Abro os olhos e estás grande, mas a expressão do teu rosto é igual à do bebé que me cabia no colo. De certa forma, continuas a caber-me no colo...
O meu peito abraça-te, não os braços. E com o peito podemos abraçar o mundo. Cabe-nos tudo cá dentro. E tu, mesmo quando não estás, estarás sempre aqui dentro. No meu peito. E no meu colo.
De certa forma, continuarás sempre a caber-me no colo.
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Vá lá, digam qualquer coisinha...
...por mais tramada que seja...