Aparentemente, estes três assuntos nada têm a ver uns com os outros. Aparentemente não, não têm mesmo nada a ver uns com os outros. Se procurarmos bem, talvez encontremos um ténue ponto em comum. Esse ponto quase invisível estará situado lá para os lados do ridículo de cada um deles, mas só os mais perspicazes o encontrarão, já que o ponto se vê mesmo muito mal.
A criminalização de maus-tratos a animais de companhia traz o "ridículo" nos animais de companhia. Haver animais denominados "de companhia" já é um maltrato mais do que suficiente, já não é preciso sequer dar um safanão ao animal. A existência de animais-coisas basta-se a si própria como agressora. Mas o Homem de tão poderoso que é, não se podia deixar ficar numa amena posse animal, e inventou uma classificação para certos animais que os coloca abaixo de animal-coisa ou "de companhia". São os animais cuja agressão gera dinheiro e que, por isso, já se podem bater e abater à vontade. Estes animais além de serem considerados coisas, são umas coisas mais reles do que as outras, as "de companhia", por isso são legalmente agredidas e servem essencialmente para isso, para serem agredidas.
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Ainda no ridículo desta lei, constatamos que a maior parte dos seus apoiantes são os auto-proclamados "defensores dos direitos dos animais" que, na minha opinião, são do piorzinho no que toca a defender os animais, pois atribuem-lhes direitos humanos e não direitos animais que, podendo parecer a mesma coisa, não é e contribui para os agredir praticamente o mesmo que umas pauladas ou uns encontrões. Mas como estes auto-proclamados defensores dão "banho ao cão" todas as semanas e cortam-lhe as unhas com regularidade para o bicho ficar todo janota e "muito limpinho", já não faz mal que o cão se sinta realmente bem é quando se rebola na lama ou desgasta as unhas ao escavar um buraco onde esconder o osso mais precioso. Que se sinta bem e no direito de o fazer quando lhe apetecer e não quando o "dono" assim o decidir e se o decidir.
Enfim, visões diferentes da mesma realidade e talvez seja mesmo eu que estou errada. Para variar!
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Saltando de ridículo em ridículo e aterrando no da guerra em Gaza percebemos que o mesmo Homem dos direitos dos animais "de companhia" (que não são "dos animais" mas "de humanos" e que talvez por isso mesmo não se devessem chamar "direitos") mata indiscriminadamente seres da mesma espécie que fazem parte de uma tal de "Humanidade" por causa de uma coisa super importante que apelida de "religião" e de um ser (ou dois ou três, ou cem) que nem sabe se realmente existe.
Enfim, visões diferentes da mesma realidade e talvez seja mesmo eu que sou fundamentalista e ande a precisar de mudar de óculos.
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Por fim, não será difícil esborracharmos a cara no ridículo de uma selfie qualquer, basta haver um único elemento da dita espécie "humanidade", um aparelhómetro que tire fotografias e um ego narcisista às pazadas que, voilà, esta revela-se ao mínimo clic.
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Falta de valores, de se preocuparem com coisas sérias ou o calor, estão a afectar a humanidade e os países que se dizem desenvolvidos, como o nosso.
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