Custa encaixar-me. Qualquer coisa impede que me adapte. Um pensamento, uma palavra, uma sensação... Qualquer coisa que não me sabe bem, um travo amargo na boca, uma comichão no dedo, um zumbido no ouvido... E um arrepio. Pêlos sempre em pé sem a razão do frio.
Custa identificar-me. Uma causa que não me cabe, uma camisola que não me serve, ideologia estreita ou larga demais. E uma nação estranha. Um quê de vazio num espaço desconhecido.
Custa encontrar-me. Dezenas de salas numa casa infinita. Caminhos tortos por corredores apertados, passos lentos na pressa de chegar, vagar azedo. E o ecoar do silêncio.
E sempre o espaço. O espaço que me aperta e desacerta para, enfim, me deixar perder.
Passeou pelo espaço, o seu espaço...fiquei a pensar no meu.
ResponderEliminarAbracinho
Beijinho, Maria Teresa!
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