Como já devem ter reparado, não sou racista, nem xenófoba, mas há uma coisa que me tem estado a fazer "espécie": A quantidade de lojas de comerciantes chineses, que brotam tal cogumelos, por este Portugal fora e, mais especificamente, na minha terra!
Não tenho nada contra chineses, nada mesmo. Nem falaria aqui sobre o facto de serem chineses, se estes não usufruíssem de condições diferentes das dos portugueses no que toca a abrir lojas.
A verdade é que os comerciantes chineses têm condições com as quais os comerciantes portugueses não conseguem competir. Pelo que andei para aqui a investigar na Net, que vale o que vale, o governo chinês paga o aluguer do estabelecimento aos seus conterrâneos que se mantenham em terras lusas durante os primeiros cinco anos. A somar a esta maravilhosa condição a quem pretende abrir um estabelecimento comercial (também através da mesma fonte de informação) estes estabelecimentos não estão completamente licenciados, licenciam-se apenas numa das áreas de negócio e exercem várias. Por fim, os artigos que comercializam são na sua maioria provenientes da China, onde a mão-de-obra é muito mais barata e, consequentemente, os artigos têm uma margem de lucro maior.
Tudo isto serve para dizer que me entristece ver, na minha terra, porta sim, porta sim, uma loja de artigos chineses e, simultaneamente, ver desaparecer um estabelecimento de comércio português por dia.
(Esta terra parece uma cidade fantasma. Está praticamente tudo fechado, com uma tabuleta a dizer "vende-se" ou "aluga-se". As únicas lojas que abrem são lojas de chineses, ora de artigos vários, ora restaurantes supostamente japoneses, ora frutarias.)
Sinto-me numa China, mas não numa China genuína, numa China falsa que tenta adaptar-se, sem sucesso, à cultura europeia. Parece que a nossa identidade está a ser engolida por artigos chineses e que passou a ter a etiqueta "Made in China". E isto, porque há uma concorrência desleal, que injustiça não os estrangeiros como é costume (um mau costume por sinal), mas os nacionais, o que nos torna, além de injustiçados, PARVOS.
Mammy, nem me fales... na minha cidade basicamente "ocuparam" dois quarteirões inteiros...
ResponderEliminarO mais curioso é que já vi à venda nestas lojas linhas de crochet e bordado "made in Portugal"...
Além disso, há toda a questão da China não ter ainda aceite todas as regras da OMC e como tal não serem sancionados por "dumping"...
Ainda ontem estivemos a debater esse tema ao jantar loll
ResponderEliminarEu acho que eles nascem do chão e montam negócios durante a noite, pois hoje não há nada e amanha de manha já tens uma loja aberta.
Agora parece que têm frutarias, e pelo que falam, com produtos bem mais baratos que mercados municipais e até grandes superfícies, e dizem que são bons.
Eu sei que antigamente eles estavam isentos de impostos em Portugal durante 5 anos, agora não sei como funciona.
Pessoalmente não compro nada em lojas de chineses, só o cheiro das lojas me faz confusão quando passo a porta.
Mesmo que eles vendam mais barato, acho que devíamos apostar mais no Nacional, o comercio tradicional em Portugal está a morrer.
Paula 2700 milhas,
ResponderEliminarEstá mesmo a ir longe demais. Qualquer dia, somos nós que temos que aprender a falar chinês para irmos às compras! :(
Bjs
Naná,
Claro que não são sancionados! Deve haver muitas contrapartidas que desconhecemos. Ainda mais agora com a EDP nas mãos dos chineses.
Bah!
Bjs
Genitrix,
Também tenho essa sensação, que não pagam impostos, mas como não encontrei nada nas minhas pesquisas, não o mencionei.
Mas faz todo o sentido serem isentos de impostos, pois nas frutarias a fruta é essencialmente portuguesa, barata e boa. Ou seja, conseguem competir com os Pingos Doces e Continentes.
Assustador!
Bjs