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A mostrar mensagens de 2013

Gente Boazinha e Invejosa

Para o ano que vem, quero muitas coisas. Tal como toda a gente, quero que o ano seja melhor do que este, que a saúde, o amor, o dinheiro e a felicidade não faltem. Mas também quero ver-me livre de umas tantas coisas. Entre estas coisas, estão as gentes boazinhas e invejosas.  Não sei se será impressão minha, ou se, realmente, há mais gente boazinha e invejosa por aí. Não falo da gente boazinha e invejosa em simultâneo, mas da gente boazinha e da gente invejosa. Em separado. Gentes diferentes, mas igualmente irritantes. A boazinha é aquela que faz e diz tudo o que é politicamente correcto. Tem sempre a palavra certa, no momento certo. Cheia de amor espalha-o em tudo em que toca. Ama todos os animais, todos os pobrezinhos e todos os doentes. Indiscriminadamente. Sejam eles uma destas três coisas, a gente boazinha ama como se de um filho se tratasse. Exerce o bem, dia sim, dia sim. Tem uma paciência infinita até para os mais chatos. Enfim, é gente boazinha que nunca mais acaba.

A Importância de Não Ter

Estamos em crise, é verdade. Há imensa gente com falta de imensas coisas. Neste momento, sentimos que é importante que toda a gente tenha acesso a: - Saúde - Educação - Habitação - Alimentação - Água - Luz - Gás No entanto, e com tanta gente, a carecer destas coisas,  "O número de reservas da PlayStation 4 em Portugal é avassalador"  e há  A “obsessão” pela Bimby no país mais pobre da Europa Ocidental . Incrível, não? Enfim, O top de vendas deste Natal  é o que se vê! Se nos abstraíssemos de tudo o que tem acontecido neste país nos últimos anos e olhássemos só para esta época festiva, poderíamos concluir que este país está bem e recomenda-se. Vemos crianças cheias de presentes caros e adultos cheios de novas tecnologias de última geração. Coisa de ricos, claro! As gentes deste país estão "cheias da massa"! Estão? Ou passaram fome todo ano para, no Natal, se vingarem e comprarem todas as merdas que lhes deu na gana?   Pois, não sei. E

Hoje, Que Chove e Faz Vento

Hoje, que chove e faz vento, lembrei-me de ti. Fiquei a pensar se estarias encharcada, com a crina a baloiçar ao vento, parada na intempérie. E senti vontade de te tirar o excesso de água do pêlo e de te esfregar com palha para te secar. Abraçar-te e sentir o calor dos recantos do teu corpo ainda secos. Esconder as mãos no teu peito e acariciar o pêlo macio que lá morava. Lembrei-me de como cheiravas bem quando molhada. E senti saudades da preocupação de te saber bem. Estranha, esta coisa de sentir saudades da preocupação... Hoje, que chove e faz vento, lembrei-me que estou aqui depois de ti. Depois de ti é coisa que não queria. Depois de ti não há. Hoje, que chove e faz vento, lembrei-me que estou aqui contigo. Sempre.

Parece Que Se Diz Por Aí Qualquer Coisa Como...

Imagem roubada, também, por aí

Não Me Apetece

Imagem de um sítio qualquer

Cratinices

“o que está aqui em causa é o direito dos pais e das famílias a que sejam escolhidos os melhores para serem professores” “o Estado, representando as famílias, para elevar a qualidade da escola pública deve recrutar os melhores e fazer um critério de condições mínimas” Ó "migo", deixa lá as famílias em paz! Que tal ires, "masé" testar as tuas c ondições mínimas para seres ministro, hã?

Aquilo Que Não Sai

Apetecia-me dizer coisas. Escrever coisas. Escrever, escrever, escrever. Mas as coisas não me saem. Parece que se trancaram cá dentro e não saem.  Vou enchendo e preciso de explodir. Como um balão que cresce com o ar. Estou um balão de coisas para dizer. Mas no silêncio. O silêncio é o meu ar, agora. E enche-me. Enche-me inteira. Queria a minha vida em palavras. Palavras belas e feias. E belas e feias. Palavras sem fim. Escrever cada letra e formar palavras, e frases, e textos, e contos, e livros. Livros cheios de ar. Do ar das palavras que o vento não leva. Palavras que ficam. Belas e feias. E lê-las. E não gostar delas. E amá-las. E escrever outras. Queria um mundo de letras. E mergulhar nas palavras dos livros. Viver em livros e histórias. E em pensamentos de papel. Recortar ideias e sonhos e colá-los no papel. Assim, nesta forma que se lê. Mas essas coisas não me saem. 

Lençóis de Flanela

Cá em casa, desde que aderimos aos lençóis pretos que não tínhamos lençóis de flanela na cama.  No fim-de-semana passado, pensei "que se lixe a cama bonita, quero é uma cama quentinha!". Fui buscar os velhinhos lençóis de flanela à gaveta e, com eles, tornámos a cama um lugar bem mais agradável. Hoje de manhã, o J., que não conhecia estes lençóis (vejam lá, há quantos anos ando a deitar-me numa cama gelada!), quando veio para a nossa cama, ficou fascinado e não se queria levantar nem por nada deste mundo. "Mãe, não quero sair daqui! Está-se tão bem..." Há bocado, quando o fui deitar, disse-me: - Eu queria era ir dormir para a vossa cama... - Pois, mas não pode ser. Cada um dorme na sua cama! - Então, quero uns lençóis como os vossos. Uns assim, tãããããão quentiiiinhos. Onde os arranjaste? - Oh, já são velhinhos! - respondi, a pensar que o meu filho, de nove anos, ainda não conhecia lençóis de flanela. Que falha desgraçada! Coitada da criança, tantos

#24 Músicas Que Entranham

Exercícios Mentais Versus Gordura Intelectual II

Pronto! Estou mesmo gordurosa! Agora o miúdo, já não contente em dizer as palavras ao contrário, em fazer contas com as vogais e em inventar frases a partir das vogais de uma palavra , resolveu formar novas palavras a partir da ordenação alfabética das letras de uma qualquer palavra. Confusos? Também eu! Hoje, veio-me com esta novidade: - Mãe, diz-me uma palavra qualquer! - Hipopótamo! - Vou dizer "hipopótamo" por ordem alfabética das letras! - Como? - Ahimopt! - Hã? - Ahimopt! - Mas faltam letras aí, não faltam? Escreve lá! Escreveu.  Esta tontinha ainda foi à procura dos neurónios há já muito esquecidos numa qualquer prateleira por debaixo da cabeleira loira para a ajudarem, mas, ou eles já morreram, ou estavam mesmo enferrujados... - Vês, as letras estão por ordem alfabética! - Hum? - Mas falta um "pê" e dois "ós"! - Sim, mas eu não repito as mesmas letras! Senão ficava "ahimooppt"! - Hum... - Diz out

Amiguinhas dos Animais

Esplanada do Centro Comercial Vasco da Gama. Gaivotas a atacar tabuleiros com restos de comida. Duas amiguinhas dos animais tiram o miolo de pães que trazem dentro de um saco. Dão o miolo fofinho e arranjadinho às coitadinhas das gaivotas esfomeadas que só têm um rio imenso cheio de peixe do outro lado da rua, onde podem pescar comidinha. São tão amiguinhas dos animais que dão pão aos que não têm pão, cereais, ou alimentos processados na dieta original. São tão amiguinhas dos animais que os tratam como se fossem humanos. Tal e qual aqueles amiguinhos dos animais que tosquiam os seus cães no inverno porque largam muito pêlo pela casa e que, depois, lhes vestem uns casaquinhos muito lindinhos para não terem frio. Tão amiguinhas dos animais quanto os que mandam vir huskies  siberianos - porque é moda ter um husky -  para um país quente como o nosso. Tão amiguinhas dos animais quanto os que limpam o rabo dos cães com toalhetes perfumados para não cheirarem mal. Ou os que prendem animais s

O Que Desejamos Para os Nossos Filhos?

Assim de repente, sem pensar duas vezes, diria "que sejam felizes!".  Depois olho em volta e não vejo isso nas acções da maior parte dos pais. Não nas de todos, claro, mas nas da maior parte. Olho-os, oiço-os e vem-me à cabeça a palavra "sucesso" em vez de "felicidade". Sucesso nos estudos, no desporto, nas finanças, nas atitudes, nos comportamentos, na vida. Vejo-os gastar tempo e dinheiro, muito dinheiro por vezes, em mil e uma actividades. E tempo a dividir-se em muitos para conseguirem levar os filhos a essas mesmas actividades. Exigem que eles sejam bons em tudo o que fazem. E volto ao sucesso. Paro no sucesso. E fico a meditar a definição de sucesso.  O que é isso, sucesso? O que é isso de se ser bom em tudo, de se saber fazer tudo? Ter infindáveis valências far-nos-á mais felizes? Ser bom far-nos-á mais felizes?  E desta vez, olho e oiço os filhos, e não me parecem felizes. Resignados, talvez. Mas felizes não. Vejo crianças como pequenos ad

Parceira de PET

Há uns tempos, durante a minha cruzada oncológica, fiz várias PET - Tomografia por Emissão de Positrões . O exame não é doloroso, no entanto foi dos que mais me custou fazer. Requeria uma longa preparação de jejum e de imobilidade que, para uma pessoa como eu, cujo mau-humor se acentua quando exposta a factores como a fome, o frio e o sono, me deixava para lá do insuportável. Durante as longas horas de preparação só me apetecia bater em toda a gente que cruzasse o meu caminho. Como não o podia fazer, tentava dormir para esquecer a fúria que me invadia. Num destes dias de tortura, dormi durante umas sete ou oito horas numa cama de hospital até me chamarem para a sala, dita, de preparação para o exame. Já tinha uma noite de jejum em cima e estava possessa.  Tal como podem ler na definição de PET que linquei acima, é-nos injectada uma substância radioactiva antes do exame, que nos percorre o corpo e assinala os consumos de glicose anormais das células, uma das características

Fechar os Olhos

Fechar os olhos e sentir os raios de sol que atravessam as pálpebras numa visão vermelha, quase marciana. Inspirar a brisa que entra narinas adentro e percorre, à pressa, o caminho até ao peito.  Encher o peito de ar e cheiros.  Encher a alma.  Acolher o abraço do calor sol e aconchegar a pele.  Tentar agarrar o vento com as mãos e sentir os pêlos a dançar.  Inebriar o corpo e o espírito. De vida.

Voltar à Casa de Partida

Estou farta deste jogo.  Já não quero saltar de casa em casa sem saber quando termina esta partida. Se tenho que recuar três casas,  ir ao castigo, esperar que os adversários joguem duas vezes ou avançar duas casas para depois recuar três, já não me interessa. Estou farta deste jogo. Quero outro.  Quero voltar à casa de partida e lançar o dado outra vez.

Abraço Vermelho e Azul

Chegou da escola com o pai. Mal entrou em casa, foi a correr para o quarto. Atirou a mochila para o chão, abeirou-se da janela e agarrou nos bonequinhos da Playmobil, com a pressa de quem tem oito anos e uma ânsia imensa de viver. Alinhou-os, formando duas colunas: uma de guardas romanos e outra de guardas egípcios. Iniciou a batalha. De vez em quando, soltava uns “ya!”, “ai!”, “toma, toma!”, “catrapum!”. Imaginava que eram guardas de carne e osso e que se magoavam a sério, sempre que levavam uma traulitada na cabeça. Quando isso acontecia, lá vinham os enfermeiros improvisados, que não eram mais do que uns bonequinhos de outra colecção da Playmobil, a dos treinadores de cães. Sabia perfeitamente que no tempo dos romanos e dos egípcios não havia enfermeiros como os de hoje, mas não se importava, pois queria era brincar e queria enfermeiros na história dele. E uns treinadores de cães armados em enfermeiros serviam muito bem esse propósito. Saltavam bonecos pelo ar, iam de encontro

Volto a Insistir

Quando É Que Cresce?

Cortei o cabelo. Mais ou menos como o da senhora da foto abaixo.  Está, talvez, um pouco maior e com menos franja... DAQUI O J. não gostou, porque nunca gosta de mudanças, das minhas mudanças. Disse-me: - Gostava mais como estava. Quando é que cresce? - Oh, não sei, nem quero saber. Estou contente com ele assim. Já estava  farta daquela gadelha enorme! - respondi. Hoje, quando cheguei a casa, disse-lhe: - Sabes, lá no trabalho toda a gente gostou do meu cabelo. Disseram-me que me ficava muito bem. - Sabes, mãe, às vezes as pessoas mentem... - Mentem?! Achas que estou feia? - Não, acho que estavas mais gira antes. - Mas estou feia agora? - Claro que não. Tu és sempre gira. - Oh, a sério? Nem sempre me acho gira... - Mas és! Sempre, de qualquer maneira. - Oh, que querido! Essa frase merece um grande beijo! Beijei-o. - Ah, e não é só de qualquer maneira, é também em todos os aspectos! - Deixa-me dar-te mais um beijinho. - E não estou a dar-te

Subir e Descer a Escadaria

Há coisas estranhas...  Parece-me estranho quem faz manifestações tantas vezes, reivindica direitos, luta com força, e opõe-se, opõe-se e opõe-se ao governo, vir agora "atirar pedras" aos polícias que subiram a escadaria da assembleia, e aos que os deixaram subir. Acham mal os manifestantes polícias terem subido a escadaria da assembleia. Acham mal os outros polícias, que estavam de serviço, os terem deixado subir. Mas enquanto manifestantes já queriam subir a escadaria e já achavam mal as forças de segurança não os deixarem subir. Acho estranho e acho piada ao mesmo tempo. Tem piada as pessoas mudarem de opinião como quem muda de camisa, conforme o sítio onde estão. Se estão em casa a ver as notícias, os polícias deviam carregar carga nos manifestantes e os manifestantes deviam comportar-se civilizadamente. Se estão em frente à assembleia, os polícias deviam ser uns docinhos e deixá-los passar, enquanto se defendem das pedras que lhes atiram, para onde quisessem ir. E

Apoio Ao Estudo

A ex-AEC "apoio ao estudo", com a redução das AEC e o alargamento do horário escolar, passou a "disciplina" obrigatória, ou seja, não podemos prescindir dela, ou pura e simplesmente, não podemos deixar de inscrever os miúdos nela. Na minha triste ingenuidade, pensei que o "apoio ao estudo" seria para ensinar os miúdos a estudar, fazerem trabalhos de casa, uma espécie de sala de estudo onde pudessem fazer revisões e colocar questões a um professor. Mas não. O "apoio ao estudo" serve para as crianças terem mais um bocadinho de aulas e até para trazerem mais trabalhos para casa. Bela merda me saiu este "apoio ao estudo"! Se os miúdos já têm pouco tempo para respirar com os TPC das aulas, menos terão com os TPC do apoio ao estudo. Gostava de perceber qual foi a ideia de lhe chamarem "apoio ao estudo" se são aulas iguais às outras. Eh pá, gostava. A diferença está onde? No professor? É só para poder ser dado por um professor

Ó P'ra Mim Num Recorte Do Sapo!

Lá no outro blogue que é igual a este. Cliquem na imagem para verem melhor esta preciosidade.

O Melhor do Meu Dia

Ouvir o meu homem dizer "apoio-te no que decidires para seres mais feliz".

Deito-me Tarde

Deito-me tarde porque a manhã chega demasiado depressa quando durmo.  Detesto a manhã de amanhã. Detesto os dias, fechada, sem poder sair dali. Detesto estar ali.  Os meus passos desejam sempre voltar para trás. Desejam tanto... Estremeço só de pensar que gasto tanto tempo naquilo. Tanto tempo, contrariada. As nove horas não se gastam. São intermináveis. E repetem-se todos os dias. Todos os dias.  E o fim-de-semana não chega. Quando chega, esfuma-se num sopro. E tenho de voltar. Doem-me os dias. Doem-me tanto. É como se tentassem esmagar-me o coração... Encolho o peito para o proteger, mas o aperto vem de dentro. E não passa. E estremeço, e suo, e o estômago sobe-me até à boca.  Deito-me tarde para prolongar as noites.  Preciso de noites enormes. Aqui. Se durmo, voam. Quero que os dias ali voem, não as noites aqui. Prescindo de ver o sol se for preciso, mas dêem-me mais noites que dias. Os dias sufocam-me e preciso de respirar. Preciso tanto de respirar. Deito-me t

A Liberdade Para a Profunda Estupidez

Relacionar-se cheque-ensino com liberdade é tão estúpido quanto querem que sejamos. "Ai o cheque-ensino vai dar liberdade de escolha às famílias quanto às escolas que querem que os filhos frequentem!"  Ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah! Repito: Ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah! Liberdade? Onde, onde? As escolas privadas é que vão ter um maior leque de escolha de alunos que as frequentem. E ainda vão poder subir os preços, porque a procura vai ser bem maior do que a oferta! Uau, "granda" liberdade, a das famílias!  " Os pais vão poder escolher as melhores escolas para os filhos!" Ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah! Ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah! E ainda digo mais: Ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah! O que é isso de "melhores escolas"? São aquelas cheias de meninos ricos que roubam, igualzinho aos meninos pobres, mas com a diferença de não precisarem? São aquelas em que os meninos vivem em falsas redomas de vidr

Perdermo-nos Por Amor

Perdermo-nos de amor é bom.  Amar loucamente, embriagarmo-nos de paixão, sorvermos o objecto da nossa loucura como se fosse a última gota de água no deserto e vivermos na inebriante insanidade do amor é o expoente máximo do êxtase amoroso.  Perdermo-nos de amor não é bom, é mais do que bom. Perdermo-nos por amor não é bom. Deixarmos de nos enxergar, desaparecermos no outro, prescindirmos das nossas escolhas, do nosso eu, por um outro, já nem é amor, é despersonalização e obsessão. É triste. É pedinchar um amor inexistente.  Perdermo-nos por amor é perdermo-nos simplesmente, e não nos encontrarmos mais.

A Razão de Ter Um Novo Sol a Brilhar no Blogue Está...

Aqui:  O Melhor do Meu Dia Aderi, ah pois aderi!

Para Ti

Por hoje Por ontem Por sempre E, espero, para sempre.

A Pedido da Minha Mãe o "Post" Anterior Foi Retirado

Fica a mensagem que espero que lhe tenha chegado. DAQUI

Há Pessoas Assim

Há pessoas que nos beijam sem nos tocarem Que nos abraçam e acariciam sem nos chegarem Há pessoas assim Que nos entram coração adentro E por lá ficam Que a cada gesto nos comovem só por existirem puras Há pessoas que nos conquistam com o olhar E nos fascinam Com o carinho que entregam  Aos nossos Há pessoas assim

Mãos

Mãos que se nos agarram à memória Que nos tocam Que nos acariciam Que nos ouvem Que nos seguram Que falam E beijam Mãos Foto do sítio do costume

"Um Inimigo do Povo"

Ontem, fui ao teatro! Trá-lá-lá-lá-lá! Depois da peça com o Diogo Infante, Preocupo-me, logo existo , que detestei, nunca mais fui ao teatro e andava meia traumatizadita. Mentira, fui às comemorações dos 10 anos do Teatro Maria Matos que até gostei bastante, mas não me recuperou da tristeza anterior. Ontem, fui ver  Um Inimigo do Povo   no  Teatro da Comuna  e vim de lá de coração a transbordar e de cabeça cheia de interrogações.  É assim que gosto de vir do teatro, por isso, vim contente.  O Teatro da Comuna é, definitivamente, o meu teatro! Desde o rapaz que vende os bilhetes, passando pelo bar onde esperamos o inicio da peça, até aos actores, às peças escolhidas e à forma como nos são apresentadas, tudo me agrada por lá. Esta peça é magnífica. Leu-me os pensamentos quanto às condições deste país e desta sociedade, fez-me questionar que caminhos traçamos e que alternativas temos, pôs-me o cérebro num turbilhão e garantiu-me que estou, ainda, viva.  Imagem  DAQUI

TPC

Já disse aqui que sou contra os trabalhos de casa?  Ok, não sou contra os TPC na sua essência, sou apenas contra os moldes em que se tecem hoje em dia.  Virem em quantidades iguais às que vinham no meu tempo de escola primária, contando que os miúdos têm uma tarde ou uma manhã livre para se lhes dedicarem e fazerem as pessoas pensarem que os pais devem ajudar os filhos com os exercícios escolares, fá-los perder todo o poder pedagógico que deveriam ter. E ler  COISINHAS DESTAS  ainda me faz odiar mais os TPC.! Não, na verdade não são os TPC que fico a odiar mais (até porque na realidade não os odeio, até os acho muito úteis se os miúdos tivessem alguma hora realmente livre, por dia, para os fazerem), são estas pessoas que pensam exactamente como as querem fazer pensar e que, supostamente, educam alguém. Se houve um ou dois artigos desta senhora com que concordei parcialmente, foi muito. Este, por acaso até é um deles... Concordo que os pais não devem ajudar os filhos com os

"Fnac Kids"

Esta semana, veio com a revista "Visão" o catálogo da "Fnac Kids". Abri-o, entusiasmada, a pensar que iria ver um catálogo de livros extenso. Tal é a minha (triste) surpresa quando percebo que de livros só lá há uma percentagem próxima dos 20% e que a maioria é sobre o Natal, menino Jesus, diários de Bananas e afins. Vêem-se por lá alguns jogos didácticos, talvez por engano... Tudo o resto são jogos para consolas, filmes, tablets e telemóveis. Vou ali pegar na minha nave espacial e voltar para Marte, ok?

Polícias: Essa Escumalha Maldita!

Pegando no caso do polícia condenado a nove anos de prisão pela morte de uma criança que seguia no carro do pai durante um assalto em que este participava (no vídeo abaixo) devo dizer que acho muito bem! O sacana do polícia não devia estar ali, nem perseguir o desgraçado do ladrão, que não estava a fazer mais do que a cumprir a sua honrosa função de ladrão. Um homem que tem a coragem de encetar a nobre tarefa de desprover outrem dos seus bens, que são em excesso com certeza, devia receber uma medalha, não um filho morto que o acompanhou apenas para aprender o louvável ofício do pai. Na minha humilde opinião, o polícia devia era ser linchado em praça pública para aprender a não interromper o trabalho de um criminoso sério. Pensando bem, nem consigo perceber porque é que estas pessoas são autorizadas a andar armadas com pistolas, navalhas, bastões, algemas e afins. A sério, não percebo mesmo! É para andarem por aí a matar crianças filhas de criminosos inocentes? Pior, é par

Convicção

Nós os três a ver a escolha dos jogadores das universidades para as grandes equipas da NBA , no canal NBA, numa gala tipo a dos Óscares... O jogador escolhido para a equipa X levanta-se, leva com um boné na cabeça com E quipa X inscrito, dá abraços e beijos ao pessoal que lhe faz companhia na mesa redonda, onde espera ansiosamente que o chamem, e dirige-se ao palco para fazer umas breves declarações.  Enquanto o J. faz o relato da "coisa", eu digo:  - Olha, estão lá os pais, todos contentes, a dar-lhes beijinhos e abraços! O J. responde: - Um dia vão ser vocês a estar ali!

Televisão #2

Mudámos da Meo para a Zon por causa do canal NBA que o miúdo tanto queria ter. O técnico veio fazer a ligação no sábado e já não consigo ouvir falar aquele "amaricano" nem aquela musiquinha "roscofe".   Pensando bem, a ideia da televisão no quarto não era assim tão má... (Brincadeirinha!) "Mãe, que é mãe, sofre de sorriso nos lábios!" já dizia um espertalhão qualquer que devia ser tudo menos mãe. Oh, I really love this game! Do Google Images

PSP ou MEMEQL

Não, não é a Polícia de Segurança Pública, é mesmo a PlayStation Portable ! Tal como a televisão no quarto, é um alvo a abater, ou melhor a evitar! Ou seja, o meu filho não vai ter!  Pior do que a televisão no quarto, as MEMEQL (Máquinas de Entreter Meninos em Qualquer Lado) são demasiado perigosas!  "Oh, que dramática!", dirão alguns.  Prefiro ser dramática a ter um filho sossegadinho e fechado, permanentemente, num mundinho virtual! "Ah e tal, mas eles ficam entretidos, enquanto temos coisas para fazer!".  Entretidos não, hipnotizados! Prefiro ter um filho que não se cala um minuto, que faz perguntas atrás de perguntas, que cansa, podem crer que cansa até bastante, a ter filho que mais parece um zombie. "Ah, mas são óptimas para eles sossegarem, quando vamos, por exemplo, jantar fora!" Pois... Prefiro mesmo passar o jantar a dizer "está quieto!", "tem calma, que já nos vamos embora!", "não mexas aí!", &

Extra-Terrestre

Filho no quarto a descobrir Vivaldi.  Definitivamente, estou a criar um extra-terrestre!

CAMBADA DE IDIOTAS

Podia, devia, vir aqui, dizer mal do governo. Sim, podia e devia. Talvez isso fosse o mais acertado, o mais correcto, o mais normal. Mas não. Venho apenas "consternar-me". Com o governo, com o país, com este povo. Especialmente com este povo. Somos uma camabada de IDIOTAS! (Desculpem-me se feri susceptibilidades, mas se feri, aviso já que este texto tem uma bolinha vermelha no canto superior direito e se estão sensíveis hoje, voltem cá só amanhã, ok?) Esta camabada de IDIOTAS, que nós somos, é tão execrável que me dá vómitos!  Ouvir o meu homem dizer "vamos embora, vamos embora desta merda de país! Já não aguento mais esta merda de gente!" e ler o desalento nos seus olhos, porque grande parte desta CAMBADA DE IDIOTAS concorda que lhes cortem os braços e as pernas para sustentar uns vampiros que nos querem chupar o tutano para encherem os bolsos de grandes grupos económicos, e que ainda lhes oferecem os restantes membros ao corte em nome de uma invejaz

Adenda à Televisão

Comprámos uma televisão nova, sem que a antiga estivesse estragada, porque, antes, tínhamos comprado um móvel "muita" giro onde "televisões da cauda" não cabiam. Somos tão anormaizinhos que, ao contrário da maior parte das pessoas que compra primeiro a televisão e depois o móvel à medida da mesma, comprámos primeiro o móvel e só depois nos apercebemos que nele havia o risco da televisão cair.  E os totós lá tiveram que arranjar uma sem cauda para que não ficassem com o chão da sala cheio de gente famosa entornada de uma televisão partida e a sala pudesse ficar muito mais gira do que antes. E não é que ficou?

Televisão

- Não tens televisão no quarto?! - pergunta, indignado, um amigo ao J. - Não! - responde ele na boa. Pois não, o meu filho não tem televisão no quarto! "Ah!!!!" Nem vai ter, enquanto o conseguir evitar! "Ah!!!!" Pois...  A televisão é um dos principais causadores do afastamento das pessoas, por isso, enquanto conseguirmos gerir os canais que queremos ver, sem andarmos todos à chapada nesta casa e para que não tenhamos que nos espalhar pelas divisões da casa, só vamos ter uma televisão! Chega bem, e sobra! Aliás, temos a televisão antiga guardada num armário e nem sequer está avariada. Está só guardada. Não precisamos dela!  Imagem  DAQUI Esta é uma luta pessoal. Uma luta muito minha. O pai do J. já me tentou aliciar a pôr a televisão antiga na cozinha, ao que eu lhe respondi com um redondo "NÃO! No way, José!". Ok, até podíamos pô-la no nosso quarto, mas só porque é um óptimo sonífero para mim e evitaria os problemas de costas

Dar Um Tempo

Custa-me tanto ver o meu filho ter dias maiores do que ele... Ele é dez horas de escola e ATL, desporto, banho, TPCs, jantar, o resto dos TPCs e cama tardia, quase todos os dias. E brincar, hã? Dá para arranjar um tempinho para as crianças brincarem? E para não fazerem nada? Não há nem uns minutinhos para não fazer nada, olhar para o ar, ou simplesmente respirar? Porra, que raio de merda é esta que andamos a fazer às crianças?!

Estudar a Brincar

Durante o jantar. - Mãe, depois ajudas-me a estudar? - Estudar? Ou a fazeres os TPCs? - A estudar. Preciso estudar os ossos. - Podemos começar agora. Começa lá a dizer os ossos! - Frontal, parietal, temporais, occipitais. - diz muito rápido enquanto vai colocando as mãos nos sítios onde acha que são os ossos. - Está bem? - Hum, não sei, repete lá! Repete um pouco mais devagar. - Frontal, parietal, temporais, occipitais. - Eh pá, já não me lembro muito bem. Tens a certeza que os occipitais são aí? - ele tinha apontado para o maxilar. - Não.  - Pois... Acho que não são ai. Temos que ver no livro depois do jantar. - Mas eu não tenho cá o livro... - Isso é que está mal. Já não me lembro bem dos nomes dos ossos, preciso ver num livro. Continuámos o jantar com o J. a dizer os restantes ossos e eu, e o pai, a tentar corrigir. O pai foi corrigindo os das pernas e braços e eu lá me safei com os das mãos e pés. Ficaram os da cabeça por verificar. Depois do jant