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Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2011

Manobras de Dispersão

Imagem retirada  DAQUI Não, não me enganei... Quero mesmo dizer manobras de dispersão! Aquelas com que tentamos dispersar as angústias, tristezas, raivas, etc., quando estamos menos inspirados para a vida ou desiludidos com ela... Tentamos ver-nos livres de tudo o que nos chateia, através de manobras acrobáticas que muitas vezes não surtem qualquer efeito! Se nos vemos rodeados de melgas (ou moscas), de nada vale enxotá-las, porque voltam sempre na esperança de levarem um pouco do nosso sangue. O truque será usar o repelente, que as mantém longe (ou à distância necessária para as vermos sem que nos piquem). Este repelente deve ser potente, para não termos que estar sempre a pô-lo, caso contrário torna-se uma canseira. Claro que há sempre uma ou outra melga que temos que enfrentar, mas se só uma levar um pouco de sangue, também não será por isso que ficaremos mais fracos. Às vezes, as melgas aparecem personificadas, outras não... Tanto num caso como no outro, o repelente costum

Tenho Um "Poeta" em Casa...

Eu na sala, o J. na casa de banho... -Mãe, és a mãe mais especial que alguém pode ter! Pensei não estar a ouvir bem e perguntei: -O quê? Ele repetiu. Vou ter com ele de baba a pingar...  Quando chego à casa de banho, deparo-me com um miúdo, de calças pelos tornozelos, empenhado na árdua tarefa de limpar a cavidade que lhe separa um glúteo do outro... Abraço-o e beijo-o com todo o orgulho, baba e amor que uma pessoa sente ao ouvir tal "poema" da boca de um grande homem num corpo pequeno (que por mero acaso é seu filho), ignorando o facto de a indumentária não estar à altura que, em circunstâncias normais, o momento exigiria. Depois de acordar de tamanho êxtase (e de ter que limpar a baba que espalhei pelo caminho que percorri para chegar até ele), volto à sala com as seguintes questões a corroerem-me a massa cinzenta:  Porque se terá ele lembrado de mim no meio de uma tarefa tão...tão... respeitável? Qual terá sido a inspiração para tais palavras a meu respeito?

A Importância do Não

Sei que sou uma chata, mas sou uma chata consciente da minha chatice. Não sei se é melhor ou pior, mas sou assim e vou continuar a ser até chegar à conclusão que devo mudar. Digo "não" ao J. muitas vezes e digo-o à frente de todos sem o problema típico do que os outros vão pensar... Podem achar-me uma chata ou demasiado rigorosa, mas eu estou convicta que sei quando dizer não ou sim, porque sei que ele tem plena consciência das regras e que sabe que todas elas têm excepções e que quem tem autoridade para as ditar sou eu ou pai e mais ninguém. Por vezes, em casa de familiares, tentam tomar as rédeas da autoridade sobre ele e aí, eu dou largas à minha chatice e não deixo... Na minha presença ou na do pai, a autoridade máxima é nossa e penso que é assim que deve ser sempre.  Na nossa ausência, quando ele fica com os avós, os bisavós ou com outras pessoas, podem (e devem) mimá-lo à vontade e mimá-lo onde nós não podemos, porque termos que educar, que lhe dar limites e regras p

Das Prendas e do Natal

Este ano não vou oferecer prendas a ninguém, excepto às crianças. Não acho importante a troca de presentes e cada vez me estou mais a lixar para o politicamente correcto. A quem gosto, tento dar-lhes o meu afecto todo o ano, de graça e de boa vontade, a quem não gosto não lhes dou nada, pois parece-me bem melhor assim, do que lhes dar uma porcaria qualquer, só porque é Natal. Não fiz nenhuma wishlist , porque não desejo nada que me possa ser oferecido dentro de um embrulho... Quero apenas a saúde, que ultimamente tem andado zangada com o pessoal destas bandas. O resto, com maior ou menor facilidade, lá se vai arranjando... A vocês, caros leitores, desejo-vos um Feliz Natal com tudo o que desejarem! Imagem retirada  DAQUI

Design For Living

Hoje, fui ao teatro! Já estava com saudades, confesso! Fui à Comuna ver Design For Living e saí de lá com o vício satisfeito, sim senhor! O texto é delicioso e fiquei cheia de vontade de ler o livro para poder desfrutar, em pleno e com calma, do jogo de palavras e de ideias que é excelente. Além de poder reler, reler e reler... As interpretações não estão más, mas só um dos actores me impressionou (o menino do lado esquerdo na foto), os restantes estavam bem, mas nada de espectacular, pelo menos para mim (mas eu não passo de uma amadora a avaliar estas coisas). Se puderem, não deixem de ir ver esta peça, porque vale a pena...  Às quartas e quintas o bilhete custa 5€ (sai mais barato do que ir ver um filme 3D ao cinema e aqui vemo-los em carne e osso e, com um bocadinho de sorte, ainda levamos com um perdigoto na testa, ehehehehe!). Está em cena até 5 de Fevereiro. Ah! Por favor, não se choquem quando virem uns meninos a darem uns beijinhos!

Toca a improvisar!

Eu e o pai do J. estávamos em pleno "tête-à-tête", na cozinha, quando o J. entra e diz uma "queridice", que me deixa completamente derretida... Eu agarro-lhe na cara com as duas mãos, dou-lhe um beijo repenicado na testa e quando vou a abrir a boca para falar, ele diz: -Já sei o que vais dizer: "Sabes que te amo muito?" Era, não era? Porra, não me sabia assim tão previsível! Tenho que começar a inovar os meus deleites maternais...  ...Urgentemente!

Quando o Cancro Bate à Porta...

Nós, pessoas saudáveis, que nunca tiveram cancro, pensamos: -Ok, há muita gente com cancro, avós, tias/os e mães/pais, mas, normalmente, acontece aos outros, mesmo que sejam outros muito próximos. Nós, pessoas que já tiverem cancro, pensamos: -O que quer dizer esta borbulha? Será cancro na pele? E esta dor no peito, será cancro no pulmão? Estes suores nocturnos serão uma qualquer espécie de cancro que desconheço? 

Filhos Preferidos

Eu sei que não sou a pessoa certa para falar sobre este assunto. Sou filha única e só tenho um filho. Não posso dizer se me sinto preferida ou preterida em relação a um irmão, nem se gosto mais de um filho ou de outro. No entanto, li a reportagem da Visão, desta semana, "O meu filho preferido" e não consigo deixar de discordar, com a maior parte, do que lá é dito.  Não acredito que todos os pais tenham um filho preferido, talvez para alguns isto tenha algum fundo de verdade, mas não penso que aconteça assim com todos. Creio que gostamos das pessoas de maneira diferente e que sentimos uma maior afinidade, uma maior proximidade ou cumplicidade com certas pessoas, o que não quer dizer que, obrigatoriamente, gostemos mais de umas do que de outras.  Eu não consigo encaixar numa escala de quem gosto mais, se do meu pai, se da minha mãe. Sei que gosto dos dois de maneira diferente, que encontro mais pontos em comum com um, do que com o outro, mas não consigo medir esse amor. E pe

Sexy

Não sei se viram este episódio do  Último a Sair ... O J. viu e, cada vez, que me vê a dar um beijo ou abraçada ao pai, passa por nós com um ar malandro e diz : -Sexy! Ah, e nós não nos beijamos, nem nos abraçamos com os movimentos do Rui Unas!

E Quando a Febre Nos Brinda Com Uma Descida...

-Mãe, eu não gosto que haja gente pobre... -Não? E como achas que poderá deixar de haver? -Como o Robin do Bosques fazia! -A roubar aos ricos para dar aos pobres? -Sim! -E achas que está correcto roubar a uns para dar a outros? -Não acho que se deva roubar, mas só assim é que podia ser... -E se o dinheiro estivesse mais bem distribuído, não era melhor? -Não! A melhor maneira era deixar de haver dinheiro! -E como comprávamos a comida e as coisas que precisávamos? -Era tudo grátis e íamos ao supermercado buscar o que precisássemos... Sem pagar! Gostei da ideia. Depois de extinguirmos a pobreza, continuámos o nosso delírio pós-febre a tentar arranjar um lugar para onde enviar o Sr. Paulo Macedo (Ministro da Saúde). Passaram-nos vários locais pela cabeça: A primeira ideia foi enviá-lo para o espaço sem capacete, mas desistimos, porque nenhum de nós queria que o sr. morresse, apenas queríamos que ele parasse de dar cabo da nossa saúde. Depois pensámos na China, na Etiópia e a

A Culpa

Não tenho nada contra os portugueses (antes pelo contrário, sou portuguesa, com muito orgulho!), mas se há característica que me exaspera no português típico é a busca incessante de um culpado para os problemas, em vez da procura de uma solução! Na política, no trabalho, nas amizades, nas relações amorosas ou familiares, o que interessa é encontrar-se o culpado, para depois se "sacudir a água do capote" e poder-se "sentar à sombra da bananeira" sossegadinho e descansadinho, a beber uma Mini e a comer uns tremoços, porque a culpa é do fulano tal e "com a culpa alheia, vivemos nós bem!". Porque não aproveitar o tempo precioso, que se perde à procura de um culpado para o problema, a pesquisar uma solução? Não seria mais proveitoso? É que, enquanto se procura o culpado, o problema continua a existir e, geralmente, a crescer e a distanciar-nos do seu fim...  Em vez de se deixar os problemas arrastarem-se, se se aplicasse todas as forças na sua resolução, não

Das Alturas

Como já disse aqui, eu meço 1,80 cm, mas ainda não disse que o pai do meu filho mede 1,75 cm, ou seja, eu sou mais alta do que ele 5 cm. Não é muito, mas é o bastante para se notar à distância! E perguntam-me vocês porque estarei eu a falar destas coisas de alturas... E eu respondo-vos, porque, durante muito tempo, tive complexos de ser tão alta! Em pequena, nunca fui pequena e pode-vos parecer estranho, mas isto mexe com a auto-estima de uma pessoa, quanto mais com a de uma criança...  Sempre fui a mais alta em todo o lado e por isso, as pessoas só me viam em profissões como jogadora de basquetebol (para o qual nunca tive jeitinho nenhum, apesar de gostar muito deste desporto) ou modelo (a qual ainda tentei, sem grande êxito, pois não faz muito o meu estilo andar a disputar as atenções dos outros com ninguém, nem gosto de passar fome e eu teria que passar MUITA fome para ficar com o aspecto escanzelado pretendido, porque a minha constituição óssea é larga)...  Por estas razões e ou

Civismo

Será que ainda existe? Ou não passa de mais uma espécie de animal em vias de extinção?  Vejo, repetidas vezes, casos que me arrepiam... Automobilistas a insultarem-se obscenamente, gente a cuspir para o chão, cocós de cães espalhados pelos passeios, pessoas a atropelarem-se nas filas para as caixas das lojas, casas-de-banho públicas nojentas (com xixi espalhado pelos sítios mais estranhos), enfim, uma quantidade de indícios de que esta talvez seja uma sociedade bárbara ou, possivelmente, animalesca... Onde é que nós vivemos afinal? Será na selva ou num país dito civilizado?  Está-me cá a parecer que deve ser na selva... E o civismo deve ser mesmo um animal em vias de extinção... Aqui, nesta selva, ainda se vêem alguns casos (poucos!) de civismo, que estão circunscritos a reservas naturais, onde também existem (ainda!) alguma humanidade, respeito pelo próximo e outros bichos estranhos parecidos... Que tal se começássemos a seguir um programa de reprodução desta espécie, de forma a n

Carta Ao Pai Natal

Imagem retirada  daqui -Mãe, a professora mandou-nos escrever uma carta ao Pai Natal a pedirmos presentes... -Sim... E o que é tu pediste? -Pedi um irmão e uma bateria! -E como é que o Pai Natal te vai arranjar um irmão? -Como ele é um santo (o São Nicolau) vai rezar muito para aparecer um irmão na tua barriguinha... -Parece-me que vais ter mais sorte com a bateria...

Momento Narcisista Invertido (ou talvez não)

Se eu prometi, cumpri! (Ups, hoje é para demolir o meu ego e não para o enaltecer...) Vou começar por um defeito  soft ... Sou paranóica (sentiram a suavidade da coisa?), quando meto uma ideia na cabeça, fico a matutar nela até à exaustão (que o diga aqui o meu companheiro de casa sénior, que se farta de sofrer comigo!) Sou demasiado honesta (a cair mesmo para o parvo!), não regateio preços, não tento pagar o menos possível por um bem ou serviço, se achar que o preço é justo e não minto bem (sou mesmo uma péssima mentirosa), se tenho que dizer alguma mentira fico com ela na cabeça para sempre (e, voltando ao defeito soft , entro em paranóia!). Sinto-me para lá do pessimamente, se duvidam do meu carácter por causa da mais pequenina mentirinha que me veja obrigada a dizer (chego eu mesma a duvidar dele). (Porrada em mim!) Esta honestidade é um dos meus piores defeitos, pois nem das mentiras piedosas ou fantasiosas sou muito adepta. Por vezes, choco as pessoas com uma frontalidade que

Momento Narcisista

Hoje, vou dedicar este post, aqui à Narcisa, ou seja a mim... Vou-vos contar o que realmente me faz gostar de mim (não se enfadem já, porque não são muitas coisas!)... Acho que, em primeiro lugar, tenho algum sentido de humor, estou sempre a dizer parvoíces (sofro de parvoíce crónica), o que me faz ir descomprimindo ao longo do dia e me impede de entrar em depressão com as porcarias que, às vezes, passam pela minha vida! Gozo com os outros em igual dose à que gozo comigo mesma, nem mais nem menos... Se somarmos aqui a minha capacidade de esquecer os momentos mais trágicos da vida, podemos considerar-me uma miúda feliz. Não guardo rancores e se me pedirem para eu descrever um momento muito mau da minha vida, o mais provável é eu não me lembrar de metade, o que acho óptimo (beijinhos a mim!). Claro que sofro (não sou uma insensível), até por antecipação (stresso com imensas coisas), mas não sofro com "águas passadas", se já passou, ficou lá para trás e só serve para eu identif

Gatices

Já não bastava ter o J. doente e, agora, o gato resolveu imitá-lo...  Está com uma infecção urinária e arranjou, uma tourada para tomar os medicamentos, mas nesta tourada, o touro fui eu que saí cheia de bandarilhas nas mãos! &%$//)(%=)(&#"!#"!#%$!!!! Lá tive eu que por esta cabecinha loira a funcionar e tentar usar a minha "superioridade" intelectual para o enganar... Tomou ou não tomou os medicamentos? Tomou pois! Bem misturados na sua comidinha favorita, comeu tudo e até limpou o prato!!! Eu -1 Gato-0 Eh, eh, eh!!!! (Como devem imaginar, tenho andado a frequentar um estágio de enfermagem, aqui em casa... Medicamento ao filho, medicamento ao gato, ver febre ao filho, ver xixi do gato, preparar comida de um, preparar comida do outro, enfim, preocupações e trabalhinhos extra que eu dispensava com todo o gosto!)

Coração Pequenino

Os um ou dois dias, que era suposto o J. estar doente, já vão em quatro... Quando ele está doente, o meu coração fica pequenino, mas tão pequenino, que às vezes penso que ele se foi embora e me deixou aqui "descoraçãozada"... Quero o meu filho bom depressa...  e que o meu coração volte ao tamanho normal... Imagem retirada  daqui

Sonhos por Concretizar

Eu e o pai do J. fomos acusados de não o deixarmos concretizar o seu sonho! Várias vezes, ele nos disse: -Vocês não me deixam concretizar o meu sonho! Senti-me uma ditadora fascista... Que maus que nós somos em não o deixar andar em casa aos saltos a tentar afundar, num cesto de basquetebol improvisado, quando está doente! Bloquear desta maneira o sonho de uma criança, só porque não queremos que ele sue e que, por isso, fique mais doente, não é maldade, é desumano! Tivemos que lhe dizer: -Ainda só tens 7 anos, tens muito tempo para concretizares os teus sonhos! Se não for hoje, que estás doente, será amanhã que, com certeza, já estarás melhor... Mas ele dificilmente se convenceu, que adiar um sonho um ou dois dias, não é a mesma coisa que o adiar eternamente... E continuou aos saltos... Posto isto, o nosso lado ditador falou mais alto e tivemos que o proibir de saltar. Criança sofre...