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Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2011

Está Tudo Doido?

Hoje, li  esta notícia  e fiquei de boca aberta! Ok, podem chamar-me ingénua, mas uma notícia destas (comprovando-se que foi o que realmente aconteceu) é muito difícil de digerir.  Como é possível um pai ter uma ideia tão brilhante(?) como a de pôr um filho de castigo dentro da máquina de lavar roupa? Que raio de iluminação divina o faz, depois, ligar a máquina no modo de secagem???? O homem só podia estar sob efeitos de LSD ou coisa parecida... Só estando a alucinar é que se pode confundir um filho com uma peça de roupa... E a irmã ainda diz que não foi a primeira vez que o pai fez uma atrocidade destas?! Começo, seriamente, a achar que está tudo a ficar louco... Ou então, sou eu que não estou boa da cabeça...

Pergunta

Bloggers amigos, não vos está a acontecer desaparecerem-vos blogues que estão a seguir e aparecerem-vos outros que já pararam de seguir? Todos os dias, tenho que adicionar uns e tirar outros!  Já estou a ficar farta disto!!!!!

Fome

Há uns tempos atrás, quando ia para o trabalho, encontrava várias vezes um senhor idoso a pedir esmola à saída do comboio. Dei-lhe dinheiro, não sempre, mas em algumas ocasiões... Este senhor impressionou-me pela sua fragilidade, por isso falei sobre ele, cá em casa. Contei que ele me parecia sofrer de várias doenças devidas à idade e que não teria dinheiro para comer quanto mais para os vários medicamentos que provavelmente tinha que tomar. O J. foi particularmente sensível a esta história e começou a arranjar soluções para o ajudarmos. Foi à despensa buscar um litro de leite, umas bolachas e um garrafão de água e disse: -Mãe, vamos levar isto ao senhor! Assim, já tem alguma coisa para comer...  Enterneceu-me a preocupação dele, mas como eu não sabia o dia da semana que poderíamos encontrar o senhor na estação (pois ele não aparecia a dias certos) acabámos por nunca lhe levar os alimentos. Foi pena, pois acho que o J. ia gostar de sentir que podia fazer alguma coisa para o ajudar. Na

Juro Que Não Queria, Mas Teve Mesmo Que Ser...

É verdade, eu estava um bocadinho renitente em vir aqui falar da greve, mas este assunto está a começar a fazer-me aquela comichãozita no céu-da-boca, por isso vou ter mesmo que dizer umas coisitas! Perdoem-me os grevistas e os antigrevistas, mas acho, sinceramente, que esta greve é inútil! Fizeram-se tantas greves ultimamente e qual foi o resultado? Nenhum! Está tudo igual ou pior! Grevistas amigos, acham mesmo que o governo se ressentiu, um bocadinho que seja, com as últimas greves da função pública, dos transportes ou mesmo com as gerais? Eu, na minha profunda ignorância, penso que não! (Atenção: sou a favor do direito à greve, sempre!) Queridos antigrevistas, acham mesmo que o facto de não terem feito greve os protegeu de alguma coisa? Que lhes assegurou o emprego, que produziram alguma coisa de extraordinário nos departamentos quase vazios? Mais uma vez, na minha profunda ignorância, acho que não! Será que não percebem que hoje em dia e nas condições em que estamos, a greve

Carneiros

Não gosto de carneiros! Não estou a falar dos animais, esses como-os, sem grande satisfação, é certo, pois em tempos, passei um dia inteiro a ajudar um veterinário a vaciná-los e cada vez que os como, cheiram-me sempre ao borreguinho vivo, branquinho e fofinho.  Os carneiros de que não gosto são aqueles que seguem cegamente um suposto ídolo e que dizem "ámen" a todas as idiotices por eles proferidas. Não gosto dos carneiros políticos, dos religiosos e muito menos dos carneiros sociais! Porém, não os excluo totalmente, pois penso que têm alguma utilidade, especialmente para os que seguem, enaltecendo-lhes o ego e fazendo-os sentirem-se importantes. Também não gosto que me sigam cegamente, gosto, logicamente, que me elogiem, que gostem de mim, do que digo, do que escrevo, mas também gosto que me critiquem, que contestem as minhas ideias, que contraponham as minhas teorias, enfim, que tenham opiniões diferentes da minha. E penso assim,  porque não me julgo dona da verdade (nem

Noite Fora de Casa

Ontem, fui dormir a casa da minha mãe porque ela está a recuperar de uma intervenção cirúrgica e precisava de mim lá! Hoje, disse aqui em casa: -Não sei se vou dormir em casa da minha mãe, outra vez... Quase em uníssono, ouve-se: -O quê???? Nem penses! Precisamos de ti cá! Eram os 3 machos cá de casa... O pai, o filho e o espírito santo, ups enganei-me... o espírito demoníaco que está escondido debaixo da pele de um gato. Não fazia ideia que sentiam tanto a minha falta nesta casa! Sinto-me extremamente lisonjeada! E olhem que eu não sou daquelas mulheres que fazem a papinha toda aos seus homens e que, quando se ausentam, eles ficam completamente desorientados. Sou pela igualdade de género, tanto nos direitos como nos deveres, por isso os mimos que faço a este pessoal não passam pelos atributos de uma fada do lar. Ao contrário do que acontece com elas, os meus homens não precisam de mim para lhes fazer coisinhas como arrumar a cozinha, tratar-lhes da roupa ou fazer o jantar... No e

Bruxas

Imagem retirada da Internet Porque é que a maioria das bruxas das histórias para crianças são velhas e feias? Não é, com certeza, para retratarem as da vida real, pois estas são geralmente novas e, por vezes, até  bonitinhas.  Será para dar uma impressão de extrema fragilidade, causando pena e assim poderem atacar as princesas e os príncipes mais à vontade? Não me parece, pois esta sociedade não se apoquenta nada com a fragilidade alheia e não tem pena nenhuma nem dos velhos, nem dos feios, antes pelo contrário, maltrata-os sem dó nem piedade! Então, será para pôr as crianças cheias medo dos velhos e das pessoas feias? Se a finalidade não é esta, bem podia ser, pois é o que acaba por acontecer! E vocês? Sabem porque é que as bruxas são quase sempre assim? Se souberem, por favor, digam-me, pois este assunto, há muito, que me anda a intrigar!

Comfort Zone

Sábado à noite fui sair... Onde é que eu fui, onde é que eu fui? Hã? Vejam lá se conseguem adivinhar... O quê???? Não consigo ouvir-vos! Tcharam, tcharam... Fiquei no sofá... ...mas no sofá do espaço da... Inestética ! E a Inestética é uma... Tananannnn.......... ...Companhia teatral! Não estavam nada à espera, pois não?  Eu sei, eu sei, sou extremamente surpreendente e nada previsível!  Viciada em teatro???? Não, não sou nada viciada em teatro, mas que ideia mais absurda! Desta vez, fui ver  Comfort Zone  e, apesar de, um tanto ou quanto, desconfortável, foi muito fixe! Esta não foi uma peça de teatro propriamente dita, mas uma série de 3 performances encaixadas no âmbito da Performance Art  e...  Adorei!  É incrível como a expressão corporal dos performers pode "falar" tanto connosco sem que tenham que proferir uma só palavra! Faz-nos passar por uma experiência quase sensitiva, pois é o que sentimos através do outro, que produz efeito em

Tintin

Imagem retirada da Internet O meu filho é fã do Tintin, ou melhor do Capitão Haddock, há já alguns anos. Ainda ele não percebia metade do que se falava nas histórias, já nos pedia para lhas lermos antes de adormecer. Já lhe lemos quase todos os livros e quando saiu o filme, lá fomos vê-lo... Ontem, fomos mostrar-lhe o Espaço Tintin  em Lisboa. Já nos tinha pedido várias vezes para lá irmos e ontem foi o grande dia! O espaço é constituído por um café e uma loja. O ambiente é agradável, tem uma decoração bem escolhida, come-se bem no café (tem uns bolos deliciosos!), mas a loja deixa um pouco a desejar, pois tem poucos artigos expostos e não está aberta, têm que chamar o empregado (que vem não sei muito bem de onde) para vir abrir a porta quando alguém mostra interesse em visitá-la e mal as pessoas passam da porta para fora, fecha-a e volta a ir-se embora. Dá aquela sensação que estão pouco interessados em vender! Acho, que se aquele espaço fosse bem dinamizado, poderia ter muito su

Violência Doméstica

Imagem retirada da Internet Ontem, vi um programa na televisão que falava de violência doméstica. É incrível a quantidade de casos que ainda existem por este Portugal fora! Pessoas que vivem amedrontadas dentro da própria casa com medo daquele/a que escolheram para dividir a sua vida e que, em muitos casos ainda amam (ou pensam que amam). Mas a violência doméstica não é só o murro, o pontapé, o palavrão e o insulto, é também o desamor com que muita gente vive, é viver-se separado, apesar de sob o mesmo tecto, é ser-se um dentro de casa e outro fora dela, é coabitar onde não há partilha genuína, onde não há autenticidade ou cumplicidade e onde a mentira reina. Tantos e tantos casais vivem, anos a fio, na mesma casa sem que se conheçam realmente, escondendo a intimidade de cada um, debaixo de desculpas como "manter o mistério" ou "preservar o outro de o ver menos atraente". Mas o que é o amor afinal? Não é gostar do outro no seu todo, com todas as suas qualidades

O Poder da Distracção

Como já mencionei, aqui, anteriormente, o pequenote cá de casa é um distraído de primeira apanha! Desde ter que lhe dizer a mesma coisa 350 vezes para que execute uma simples tarefa como lavar os dentes ou vestir o pijama, até ter lhe dizer que para vestir umas cuecas lavadas tem que tirar primeiro as sujas ou que os sapatos se calçam nos pés, já me aconteceu quase tudo em matéria de distracção! A última (e que já se está a tornar recorrente) é esquecer-se na escola dos livros onde tem TPCs para fazer. (Neste momento quase oiço o vosso pensamento "é manha, ele faz de propósito para não fazer os trabalhos de casa!").  Não é! Tenho a certeza, porque ele entra em paranóia quando se apercebe que vai ter que dizer à professora que não os fez! Chega ao ponto de atrofiar com a ideia que o que devia estar a fazer eram os TPC e não outra coisa qualquer! Chama-se nomes e diz que é um parvalhão por ser distraído! Claro que quando chegou a tamanha insolência, tive que me impor e dizer

A Língua do Michael Jordan

O ídolo (imagem retirada da Internet) Um dia destes, enquanto assistia a um treino do meu filho, reparo que ele está sempre de língua de fora... Ele não é daqueles miúdos que põem a língua de fora quando escrevem ou quando fazem qualquer coisa que lhes exija um pouco mais de concentração, por isso estranhei! No intervalo que o treinador lhes dá para irem beber água, ele chega-se ao pé de mim e diz: -Viste, mãe, estive de língua de fora como o Michael Jordan? (Para quem não conhece, o Michael Jordan, o mocinho aqui ao lado, foi um dos melhores jogadores de basquetebol do mundo e uma das suas características era jogar com a língua de fora.) O meu filho estava todo orgulhoso a imitar o Michael Jordan, sentia-se o melhor jogador do mundo à custa da sua linguinha ao vento, mas eu (estúpida!) estraguei a sua alegria, com esta minha triste saída: -Pois, mas se não pões a língua para dentro ainda a mordes se te derem um encontrão, além de pareceres um tontinho... Arrependi-me da parte do

Definitivamente, o meu filho é mesmo meu filho!

Se dúvidas houvessem sobre o J. ser meu filho, elas acabariam, como que por magia, ao verem-nos ir às compras. Ontem, tivemos que ir comprar sapatos para o rapaz. P rimeiro,  foram só ele e o pai, comprar ténis, depois eu juntei-me a eles para comprar as botas de Inverno e algumas camisolas que estavam em falta.  O pai, que gosta de ir às compras, estava todo entusiasmado a procurar camisolas naqueles montes de roupa que eu abomino, enquanto eu bufava por todos os lados com o calor que estava na loja e devido à minha falta de paciência... O J. via-se em todos os espelhos que encontrava e dançava ao estilo do Michael Jackson para se distrair da seca que estava a apanhar... Quando lhe púnhamos uma camisola à frente para ver se servia, não conseguia estar quieto. (A mesma impaciência que já se tinha apoderado de mim, estava a tomar conta dele...) Felizmente, saímos da loja com duas camisolas na mão, mas precisávamos de mais e ainda faltavam as botas... No caminho para a loja seguinte

Abraços

Imagem retirada da Internet Chamem-me fria, insensível e o que quiserem, mas não gosto que me abracem!  Detesto que, pessoas que não me são muito íntimas, me abracem... Fico sem jeito, com vontade de me soltar e de desatar a fugir... Para mim, um abraço tem que vir do fundo do coração e só vem daí, se houver por lá um sentimento muito grande.  Adoro o aconchego de um abraço profundo das pessoas muito, mas mesmo muito próximas. Desses sim, gosto! Gosto até de sentir que me estou a fundir no outro... Dos outros, de ocasião, de encenação, de tentativa de aproximação forçada, detesto! Podem achar-me esquisitinha à vontade! Também não sou grande apreciadora de muitos beijos, excepção feita (claro!) a quem gosto muito... Confesso, que quando defrontada com certas pessoas, até os beijos sociais me fazem uma certa confusão. Devo ter um espírito nórdico, pois ficava-me bem pelo aperto de mão! Os mais analíticos de vós devem estar, neste momento, a pensar "esta rapariga deve ter um

Peninha

Quando estive doente, poucas pessoas o souberam, por opção minha e por não ter paciência para ter toda a gente a fazer inúmeras perguntas às quais eu teria que responder sempre a mesma coisa. Gosto que se preocupem comigo, mas apenas quem me é mais chegado e quem se preocupa verdadeiramente. Quanto às outras pessoas dispenso a preocupação fictícia ou a conversa de circunstância. Não acho que a doença seja um assunto leviano e por esse motivo não deve ser usado, nem explorado para exprimir um sentimento que eu considero odioso, a "peninha". Para mim, a "peninha" não passa de uma tentativa, da parte dos que a exibem, de se sentirem superiores aos que, por um qualquer motivo, sofrem. Por isso, é odiosa. Não serve para nada, a não ser para acariciar o ego de quem não está a sofrer. Geralmente, os portadores deste sentimento gostam de ir exibi-lo para os hospitais, sentindo-se umas Madres Teresas de Calcutá a praticar o bem e, mal saem do hospital, vão telefonar a toda

Hoje Apeteceu-me Ouvir Isto...

Felicidade em Pacotinhos

Hoje, estou triste e cansada, cansada de ver sempre a mesma pessoa sofrer tantas vezes... Quem me dera poder amenizar tanta dor e garantir que após mais este sofrimento, vem a felicidade e a paz... Mas não posso... Infelizmente... Só posso sofrer com ela e ter esperança que a felicidade esteja à espreita, à espera do momento oportuno para aparecer e sorrir-lhe... Mas isto é tão pouco! Queria poder chegar a uma loja e comprar um pacotinho de felicidade e oferecer-lhe, mas a felicidade não se vende, não se constrói... É mentira quando nos dizem que podemos construir a nossa felicidade, ela aparece-nos de uma forma aleatória, ou simplesmente não aparece... E o meu coração sangra pela minha impotência perante a dor dela, que é também minha... E, sim, mãe, hoje o meu coração sangra por ti!

A Profissão dos Filhos

Não consigo concordar com os pais que vêem os filhos como uma extensão deles próprios e querem, à viva força, que lhes sigam as pisadas ou que realizem o que eles não realizaram. Desculpem-me, mas não consigo! Quando vejo pais que põem os filhos a jogar num qualquer clube de futebol de renome ou a inscreverem as filhas numa qualquer agência de modelos famosa, para serem o jogador de sucesso que eles não conseguiram ser ou para serem as top-models que desejariam ter sido, sinto-me revoltada pela falta de respeito que demonstram por aqueles que geraram. Partilharmos os nossos gostos e preferências com os filhos é uma coisa. Agora, impingirmos-lhes a profissão que temos ou que queríamos ter tido é outra completamente diferente! Na minha opinião, é a nossa obrigação abrirmos-lhes os horizontes para que eles (e só eles) decidam em consciência o que querem fazer com uma vida que é deles. Abrir os horizontes é mostrarmos-lhes que existem vários caminhos e que podem optar por um ou vários c

Do Amor

Se o amor de uma mãe pode ser enorme, o de um filho também pode... Acho possível amar-se incondicionalmente os nossos pais, no matter what ... Independentemente, das suas personalidades, opções e objectivos de vida, erros (ou o que nós julgamos serem erros), é possível amá-los até à exaustão...  Não é um amor exacerbado como o de mãe/pai, mas é um amor forte, poderoso, suave, tranquilo, que nos dá consolo pela sua permanência e infinidade... Não falo do amor que reconhecemos, ou não, que nutrem por nós, mas do amor que, alguns de nós, sentimos por eles. Amar a nossa mãe e/ou o nosso pai dá-nos a certeza de um porto de abrigo no nosso próprio sentimento (sabemos que iremos amar aquela(s) pessoa(s) para sempre) e isso dá-nos a percepção que conseguimos ser infinitos, mesmo para além do termo da nossa vida...

Just Smile

(Quem não se sentir muito à-vontade com o inglês, poderá ver o mesmo video AQUI  com legendas).

Sexo

A fazer trabalhos de casa: -Mãe, o que é sexo (leia-se secho)? -Sexo? -Sim! -O que achas que é? -Ah, já sei! Se é masculino ou feminino... É isso? -É! -Mãe, não consigo escrever masculino neste quadradinho tão pequenino! -Escreves só um M! -Olha, eu não sei se será mesmo esse sexo... -É, J., é!

"A Gente Não É Burras, A Gente É Distraídas!"

À entrada do parque de estacionamento grátis de um centro comercial já nosso conhecido, ao ver a indicação de quantos lugares estão livres, eu pergunto: -Como é que eles sabem qual a quantidade de lugares livres se não temos que tirar bilhete à entrada? (Agora percebem de onde vem a língua perguntadora do J., não percebem?) O J. responde: -Pelas luzinhas que estão no tecto! -Luzinhas? Quais luzinhas? -Aquelas, olha! Há umas verdes e umas vermelhas. As verdes estão por cima dos lugares que não têm carros e as vermelhas estão por cima das que têm... -Nunca tinha reparado! J., como sabes isso? Quem te disse? -Ninguém, fui eu que vi. E se reparares nos lugares para deficientes tem uma luz azul! -Tu percebeste isso tudo sozinho? -Sim, mãe. Repara, aquele lugar não tem carro e tem a luz verde, vês? Ok, se calhar a teoria das loiras burras não está assim tão longe da verdade...

Babadices de Pai

O pai do J. sofre do mesmo problema que eu: Baba-se a rodos! Enquanto eu me babo das gracinhas da criança, o pai baba-se a ver o menino jogar basquetebol!  No outro dia, quando vieram de um treino, o homem chegou-me a casa com baba até aos joelhos. O miúdo não é nenhuma estrela do NBA, nem sequer é um prodígio daqueles que nunca falham um cesto, mas deixa o pai num estado deplorável. Safa-se a jogar, mas nada do outro mundo, porém tem uma garra impressionante e invejável. Tivesse eu metade da garra que ele tem e já tinha subido o Evereste com uma perna às costas! Ele corre atrás da bola até às últimas consequências, nas lutas com os outros pela posse de bola, só lhe falta agarrá-la com os dentes, à mínima oportunidade de voar, lá está ele a bater asas, não desiste nem que o atirem ao chão, pode cair, rebolar, ou tropeçar, mas acaba sempre de mão estendida na direcção da bola. Chega a ser comovente! Claro que o rapazinho tem uns dias melhores e outros piores, mas os melhores deixam o

Adivinhas e Puzitos

Ando a ler um livro de adivinhas ao J., antes de dormir, que ele adora e eu detesto porque não consigo adivinhar nada! Tem uns desenhos que dão pistas da solução, embora não sejam muito elucidativos, porque não se percebe o lá está, sempre temos alguma base por onde começar a pensar. As adivinhas são super difíceis, estão cheias de palavras complicadas (que nem eu entendo) e a ligação entre as pistas e a solução é muito ténue. Mas pelo menos, fartamo-nos de rir da nossa incapacidade de adivinhação (ou não fossemos nós os tontinhos, que vocês já devem ter reparado que somos), por isso acaba por ser divertido. Hoje, a título de desespero, disse-lhe que o que me apetecia era fazer uma fogueirinha com o livro, pois achava que assim seria mais útil. Ele riu-se e disse:  - Vê lá, mãe, o livro até te faz pensar em fazeres parvoíces...  Olhei-o com cara de má e disse-lhe: - Parvoíces? Eu a fazer parvoíces? - Sim, queimar o livro é uma parvoíce! - Uma parvoíce é andarmos a ler este livro e nã

Adopção

(Sim, adopção com P . Desprezo o acordo ortográfico o suficiente para só o adoPtar quando me obrigarem)! Sempre quis ter mais do que um filho, mas a partir do momento em que estive doente, esta opção foi sendo posta de parte. Foi desde essa altura que comecei a ponderar adoptar uma criança.  Estou convicta que conseguiria amar um filho sem que ele fosse meu biologicamente, no entanto não excluo a hipótese de estar errada... Para mim, a adopção é juntar dois problemas e resolvê-los em simultâneo. É dar uma família a uma criança que não a tem (ou tem-na completamente desestruturada) e dar um filho a uma família que o deseje.  Por mais incrível que pareça, há imensa gente que não deseja verdadeiramente os filhos (não só quando estão na fase de gravidez indesejada, mas também depois de nascerem) e é por estas e por outras que eu sou uma acérrima defensora da IVG -Interrupção Voluntária da Gravidez. Quem não quer ter filhos, tem todo o direito de não os ter e tem a obrigação de impedir