Avançar para o conteúdo principal

Homens


Que me perdoem os (poucos) homens que se enquadram neste perfil, mas que apesar disso são meus amigos. Não pretendo com isto ofender-vos, nem a vocês nem a ninguém, mas estou a ficar velha e, por esse motivo, há coisas para as quais já não tenho grande pachorra... 

Homens que só falam de futebol, mulheres, carros e (muito) pouco mais, dão cabo da minha (pouca) paciência em três tempos (basta-lhes tocar num destes temas e os meus ouvidos bloqueiam instantaneamente).

Desculpem-me, mas a vida do Cristiano Ronaldo não me interessa nada! Se jogou bem ou mal, se vai casar ou não, se disse isto ou aquilo, é-me igual ao litro! 
Nem as más-criações do Mourinho me fazem qualquer mossa... Se falou alto, levantou o braço ao árbitro, ou lhe deu uma murraça, é-me totalmente indiferente...
Não tenho curiosidade em saber quanto ganham, nem quantas casas compraram ...
Se o campeonato está a correr bem ao Benfica ou se o Sporting jogou mal são temas que não me despertam grande interesse...

Lamento desiludi-los, mas quando começam a falar de mulheres são igualmente aborrecidos... Discutem se as mamas são de silicone ou verdadeiras, se o cabelo é pintado, se é boa na cama... (o que é que interessam, realmente, esses pormenores?)

E os carros... Expliquem-me por favor, como é que contribuem as jantes de liga leve para a minha felicidade, ou a cilindrada do carro, ou outra porcariazinha qualquer do dito veículo...


O pior é que "o (muito) pouco mais" que este tipo de homens fala é igual aos assuntos preferidos de muitas mulheres e que a mim me enfadam particularmente....

A depilação, os cremes para as rugas (para o corpo, para a unha do dedo mindinho do pé esquerdo), ou as roupas compradas em determinada loja não são assuntos que me façam saltar de entusiasmo! Se já dificilmente os discuto nas reuniões de gajas, a expansão destes temas ao universo masculino, está a dar cabo de mim, até porque a maioria dos homens tem muito mais pêlo para tirar e uma maior área por m2 para por cremes e vestir...



Comentários

  1. mulheres...
    não se trata de homens ou mulheres, mas de "coisas" com aparência humana que alegremente por estas vidas vão passando...
    (será por isto, que estou cada vez mais asocial...?

    ResponderEliminar
  2. Trata-se muitas vezes, penso eu, de falta de assunto para falar, falta de assunto para discutir ou falta de outra informação cultural, social... as pessoas andam muito limitadas, infelizmente.
    Bj**

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Vá lá, digam qualquer coisinha...
...por mais tramada que seja...

Mensagens populares deste blogue

Vejam só o que encontrei!

Resumindo :  Licenciatura em marketing (um profissional certificado); Gosto pela área comercial (amor cego que se venda barato);  De preferência, recém-licenciado (cabeça fresquinha e sem manhas); Com vontade de aprender (que aceite, feliz, todas as "óptimas" condições de trabalho que lhe oferecem, porque os ensinamentos não têm preço); Disponibilidade imediata (já a sair de casa e a arregaçar as mangas);  Carta de condução (vai de carro e não seguro, como a Leonor descalça do Camões);  Oito horas de trabalho por dia e não por noite (muito tempo luminoso para aprender, sem necessidade de acender velas). Tudo isto, a troco de: Um contrato a termo incerto (um trabalho p'rá vida); 550€ / mês de salário negociável (uma fortuna que pode ser negociável, caso o candidato seja um ingrato); Refeições incluídas (é melhor comer bem durante as horas de serviço, porque vai passar muita fominha a partir daquela hora do dia em que tiver de

O engano

O meu homem, enquanto estende a roupa (sim, cá em casa a roupa é cena dele. Somos estranhos, eu sei!), ouve música. Aliás, ele ouve sempre música, mas hoje, enquanto estava a ouvir música e a estender a roupa e eu a arrumar a loiça do almoço (sim, apesar do moço tratar da roupa, eu também faço umas coisitas cá por casa. Sim, eu sei, parece que somos mesmo estranhíssimos!), pôs os Pink Floyd a tocar. Ao som dos Pink Floyd, comecei a pensar que hoje há pouca cultura que faça as pessoas pensarem como por exemplo os Pink Ployd faziam; que conteste os poderes; que ponha em causa as ditas verdades universais; que cause indignação e contestação. Vivemos na sociedade do engano. Julgamos que temos liberdade, quando somos nós mesmos que restringimos a liberdade, calando-nos. Já não defendemos causas, mandamos umas bocas e ficamo-nos por aí. Os poderes estão instituídos e aceitamo-los, pura e simplesmente, sem um ai realmente sentido. Encolhemos os ombros e distraímo-nos com outras coisas par

Apneia

 Sempre esta coisa da escrita... De há uns anos para cá tornou-se uma necessidade como respirar. Tenho estado em apneia, eu sei. Não só, mas também, porque veio a depressão. Veio, assim, de mansinho, como que para não se fazer notar, instalando-se cá dentro (e cá fora). Começou por me devorar as entranhas qual parasita. Minou-me o corpo e o cérebro, sorvendo-me os neurónios e comendo-me as ideias, a criatividade e a imaginação. Invadiu-me a mente e instalou pensamentos neuróticos, medos, temores, terrores até. Fiquei simultaneamente cheia e vazia. E a vontade de me evaporar preencheu-me por completo, não deixando espaço para mais nada. Não escrevia há meses. Sinto-lhe a falta todos os dias. Mas havia (há) um medo tão grande de começar e só sair merda. E, no entanto, cá estou eu a escrever de novo. Mesmo que merda, a caneta deslizou sobre o papel e, agora, os dedos saltam de tecla em tecla como se daqui nunca tivessem saído. O olhar segue os gatafunhos, o pensamento destrinça frases e e

A Língua do Michael Jordan

O ídolo (imagem retirada da Internet) Um dia destes, enquanto assistia a um treino do meu filho, reparo que ele está sempre de língua de fora... Ele não é daqueles miúdos que põem a língua de fora quando escrevem ou quando fazem qualquer coisa que lhes exija um pouco mais de concentração, por isso estranhei! No intervalo que o treinador lhes dá para irem beber água, ele chega-se ao pé de mim e diz: -Viste, mãe, estive de língua de fora como o Michael Jordan? (Para quem não conhece, o Michael Jordan, o mocinho aqui ao lado, foi um dos melhores jogadores de basquetebol do mundo e uma das suas características era jogar com a língua de fora.) O meu filho estava todo orgulhoso a imitar o Michael Jordan, sentia-se o melhor jogador do mundo à custa da sua linguinha ao vento, mas eu (estúpida!) estraguei a sua alegria, com esta minha triste saída: -Pois, mas se não pões a língua para dentro ainda a mordes se te derem um encontrão, além de pareceres um tontinho... Arrependi-me da parte do