Sempre esta coisa da escrita... De há uns anos para cá tornou-se uma necessidade como respirar. Tenho estado em apneia, eu sei. Não só, mas também, porque veio a depressão. Veio, assim, de mansinho, como que para não se fazer notar, instalando-se cá dentro (e cá fora). Começou por me devorar as entranhas qual parasita. Minou-me o corpo e o cérebro, sorvendo-me os neurónios e comendo-me as ideias, a criatividade e a imaginação. Invadiu-me a mente e instalou pensamentos neuróticos, medos, temores, terrores até. Fiquei simultaneamente cheia e vazia. E a vontade de me evaporar preencheu-me por completo, não deixando espaço para mais nada. Não escrevia há meses. Sinto-lhe a falta todos os dias. Mas havia (há) um medo tão grande de começar e só sair merda. E, no entanto, cá estou eu a escrever de novo. Mesmo que merda, a caneta deslizou sobre o papel e, agora, os dedos saltam de tecla em tecla como se daqui nunca tivessem saído. O olhar segue os gatafunhos, o pensamento destrinça frases e e
E não chega?
ResponderEliminarNão sei... talvez. Gostava de ter capacidade para deixar mais qualquer coisa...
ResponderEliminarCapacidade para fazer o quê? Isso é que é importante, mas é o mais difícil: saber o que é que se quer fazer. Eu sofro do mesmo mal...
ResponderEliminarTambém não sei, mas sinto que estou a desperdiçar a vida se não fizer nada de realmente importante... :)
ResponderEliminarA questão é descobrir o que é que é realmente importante... :)
ResponderEliminarÉ isso mesmo! Vou tentar! Obrigada! :)
ResponderEliminarEu sei que não é fácil... este desabafo podia ter sido feito por mim... também ando numa fase em que olho para trás e, tirando os meus filhos, não vejo nada...
ResponderEliminarDefiniste tão bem esta sensação! É mesmo olhar para trás e não ver nada, além dos filhos, claro. Eles são o produto mais perfeito que alguma vez conseguiríamos fazer.
ResponderEliminarOlha que às vezes também penso o mesmo de mim...
ResponderEliminarConhecer alguém aqui e ali…
ResponderEliminarUm beijo de Nita.
De bom dia.
E se em vez de olhares para tràs olhares para a frente e veres a possibilidade de fazer o que ainda não foi feito?
ResponderEliminarFelina
ResponderEliminarÉ uma óptima sugestão, é isso mesmo que devo fazer.
Contudo, primeiro, preciso descobrir o que quero fazer, como disse tão bem a Dorushka. É aí que está o cerne da questão, o qual me tem perseguido toda a minha vida, sem, porém, nunca se ter definido...