Algures no meio da Dinamarca, eu e o pai do J. estávamos de volta da bomba de gasolina a tentar perceber o sistema de pré-pagamento para, depois, pormos gasóleo no carro, quando o menino J. se lembra de ligar o rádio para ouvir uma música que tinha ficado a meio quando parámos.
Assim que entrámos no carro eu, que já estava num grande estado de irritação, ralho, ferozmente, com ele por ter ligado o rádio. Digo-lhe que não se pode ligar nada eléctrico quando se põe gasóleo, que é perigoso, que o carro pode explodir, blá blá blá, blá blá blá, blá blá blá ...
O J. chora baba e ranho por ter ficado assustado com a minha reacção, com a hipótese do carro explodir e com a sensação de ter feito uma grande asneira (conheço tão bem essa sensação, é horrorosa!).
O pai, num rasgo de bom senso, acaba por acalmar os ânimos, antes que sejamos nós os dois a explodir ...
É nestas alturas que agradeço a mim mesma ter sido tão boa a escolher este homem para pai do meu filho! (comentário totalmente isento de modéstia!).
Uns dias depois deste episódio lamentável para o amor-próprio de qualquer mãe, numa outra bomba de gasolina, o pai do J. põe gasóleo, já sozinho, eu e J. estamos dentro do carro, quando ele me diz:
- Se não se pode ligar nada de eléctrico quando se põe gasóleo, como é possível pagar-se com o cartão nesta máquina que está mesmo colada à bomba? A máquina também é eléctrica, não é? Não é perigoso?
E não é que ele tem toda a razão?
Puto inteligente, porque observador.
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